Após pedido do MP, prefeitura remove árvores no Rio Vermelho e moradores protestam

A retirada de três árvores da Rua Almirante Barroso, no Rio Vermelho, em Salvador, gerou indignação de moradores, que relataram impacto ambiental e perda da sombra e do abrigo de pássaros e micos. Em nota enviada ao Metro1, a Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman) afirmou que a erradicação foi determinada após solicitação do Ministério Público, em vistoria realizada em 2024.

O órgão informou que as árvores da espécie ornamental exótica Algodoeiro-da-praia (Hibiscus tiliaceus), de grande porte e idade avançada, ocupavam quase toda a calçada em frente ao Condomínio Bahia Bella e estavam próximas a redes de água, esgoto, telefonia e gás natural. Segundo a Seman, não havia viabilidade técnica para transplante ou reparos sem risco de tombamento.

O estudo técnico concluiu que a permanência das árvores ameaçava a segurança dos pedestres, sobretudo pessoas com deficiência de mobilidade, além de representar risco para o condomínio e para as redes de infraestrutura. Por isso, foi recomendada a supressão, em conformidade com a legislação municipal.

Apesar da resistência de parte dos moradores, uma das árvores tombou naturalmente em julho. Em audiência realizada no fim daquele mês, ficou acordada a erradicação das demais. Em setembro, a segunda árvore foi removida e a terceira recebeu podas de redução para permitir a circulação no passeio.

Como medida compensatória, a prefeitura afirmou que será feita a substituição por espécies nativas e mais adequadas ao paisagismo urbano.