
Cidade
Morre João Cabral, do Brechó Cabral Descobertas, aos 65 anos
Mineiro radicado em Salvador, ele também era artista plástico e assinava suas criações como Chico Flores

Foto: Reprodução Facebook
Morreu na madrugada desta quarta-feira (5), o colecionador e artista plástico João Cabral, figura por trás do icônico brechó Cabral Descobertas e também o alter-ego do pintor Chico Flores. Ele vinha batalhando contra um câncer e, recentemente, seguia com o tratamento em casa. Mineiro de Janaúba, Cabral adotou a Bahia há mais de 20 anos e era um grande apaixonado pela cultura local.
"É um antiquário, mas é também um caleidoscópio de histórias. No Brechó do Cabral, acha-se quase de tudo e a verdadeira preciosidade é o dono", diz guia da Prefeitura de Salvador, apresentando o local mantido por ele na Rua do Carmo, nº 17, e onde se encontra quadros, livros, vinis, fotografias antigas, câmeras, revistas fora de catálogo, brinquedos e tudo o mais.
Praticante do candomblé e ativista ambiental, João Cabral denunciou com persistência as invasões na região do Abaeté. E também se envolveu, durante toda a sua permanência em Salvador, em diversas discussões e campanhas em prol da preservação do patrimônio cultural e arquitetônico da cidade.
Como Chico Flores, inspirou-se nas personagens soteropolitanas para criar quadros de expressividade simples e potente. Suas obras já foram expostas em Israel e integram coleções particulares em vários países, como México, Estados Unidos e Alemanha. Além de estar em espaços como o Hotel Fasano.
O velório acontece a partir das 14h30, no cemitério do Campo Santo, sala 17, no bairro da Federação. O sepultamento será às 16h30.
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