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Preço da gasolina impulsiona inflação em Salvador, aponta IBGE
Combustível foi o item que mais pressionou o IPCA da Região Metropolitana, que fechou o mês com variação de 0,06%, o menor resultado para outubro em 11 anos

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A gasolina foi a principal fator responsável pela alta da inflação na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em outubro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 0,06% no mês, enquanto o preço do combustível subiu 1,35 ponto percentual (p.p), acima da média geral da inflação na capital baiana, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em julho, a Acelen, refinaria responsável pela política de preços dos combustíveis na Bahia, havia anunciado uma redução de 2,4% no preço da gasolina para as distribuidoras, fazendo o litro cair de R$ 2,87 para R$ 2,80. Mesmo com o recuo, o combustível voltou a subir e exerceu o maior impacto sobre o custo de vida dos consumidores da região.
O grupo dos transportes registrou aumento de 0,49% em outubro, o terceiro maior entre os nove grupos pesquisados, mas foi o que mais influenciou o resultado do IPCA. A elevação foi impulsionada principalmente pelos combustíveis (1,43%), com destaque para a gasolina (1,35%), item que, de forma isolada, teve o maior peso na composição da inflação local. Também contribuíram para o avanço do grupo os reajustes no transporte por aplicativo (4,72%) e nas passagens aéreas (3,03%).
Em seguida, o grupo de despesas pessoais apresentou variação de 0,52% e foi o segundo que mais impactou o índice no mês. Entre os subitens com maior influência estão os serviços de empregado doméstico (0,52%) e hospedagem (1,57%). Já o vestuário teve alta de 0,64%, impulsionada pelo aumento nas roupas masculinas (1,00%), infantis (1,26%) e femininas (0,46%).
Apesar da pressão dos combustíveis, a inflação desacelerou em relação a setembro, quando o IPCA havia sido de 0,17%. O resultado de outubro também foi o menor para o mês em 11 anos, desde 2014, quando registrou 0,05%, e ficou levemente abaixo da média nacional, de 0,09%.
No acumulado de 2025, a RMS apresenta alta de 3,17% na inflação. Em contrapartida, o grupo de alimentação e bebidas registrou queda de 0,47%, sendo o principal responsável por conter o avanço do índice geral. Produtos como banana-prata, cebola, batata-inglesa, alho e arroz tiveram as maiores reduções de preço.
Com esse resultado, Salvador acumula cinco meses consecutivos de queda nos preços dos alimentos, o que tem ajudado a aliviar o impacto da inflação sobre o orçamento das famílias.
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