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Estudantes da Unifacs protestam contra aumento de mensalidade

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Estudantes da Unifacs protestam contra aumento de mensalidade

Ao longo desta semana, diversos grupos de estudantes de Medicina da Universidade Salvador (Unifacs) iniciaram uma onda de protestos contra a instituição diante de um aumento da mensalidade a partir do próximo semestre. [Leia mais...]

Estudantes da Unifacs protestam contra aumento de mensalidade

Foto: Divulgação/Damed

Por: Matheus Simoni no dia 09 de junho de 2016 às 17:17

Ao longo desta semana, diversos grupos de estudantes de Medicina da Universidade Salvador (Unifacs) iniciaram uma onda de protestos contra a instituição diante de um aumento da mensalidade a partir do próximo semestre. De acordo com os alunos, o reajuste será de 12,4% e também valerá para os outros cursos da rede de ensino a partir do mês de julho, como Farmácia, Biomedicina, Engenharia de Petróleo, Serviço Social e os de Graduação Profissional. Em Medicina, por exemplo, a mensalidade passaria de R$ 6136,30 para R$ 6.872,65.

De acordo com o Diretório Acadêmico do curso (Damed), o aumento é abusivo e ameaça a continuidade de quase 80% dos alunos de Medicina da instituição por conta do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). "O FIES não estará disponível para os alunos, a UNIFACS não aceita as propostas de financiamento privado, e não quer abrir diálogo sobre financiamento próprio, afirmando que esse não é seu "'Business'", afirma o presidente do Damed, Hironaldo Neponuceno, em contato com o Metro1.

Segundo ele, a instituição segue "irredutível" a respeito do aumento. "Estamos em tempos de crise, os salários dos pais e mantenedores não estão aumentando na mesma proporção (inclusive alguns estão tendo congelamento, parcelamento de salários ou sendo até demitidos) e para piorar a situação, os alunos podem perder os fiadores do FIES, ou atingir o teto global da dívida do curso, inviabilizando a continuidade dos estudos", disse. Ainda segundo o diretório, mais de 60 alunos de 1 º semestre de Medicina que não conseguiram o FIES, diante das novas mudanças no programa, não terão condições de continuar no curso já que "o diálogo foi cortado".

Uma manifestação está marcada para o próximo sábado (11) a partir das 11:00hrs, em frente ao Campus da Avenida Paralela, e contará com apoio de estudantes e professores da instituição.

Em nota enviada ao Metro1, Unifacs afirma que está amparada pela legislação e que o aumento é previsto no contrato de prestação de serviços educacionais. "Agora em julho estão sendo reajustados apenas os cursos que não tiveram esse reajuste aplicado em 2016, por terem iniciado sua oferta no meio do ano", afirma a instituição. A Unifacs ressalta que segue em comunicação com os alunos para "elucidar todas dúvidas levantadas" a respeito do aumento.