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Abandonado, Memorial das Baianas de Acarajé já foi arrombado 42 vezes

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Abandonado, Memorial das Baianas de Acarajé já foi arrombado 42 vezes

A presidente da Associação das Baianas de Acarajé (Aban), Rita Santos, denunciou a situação de descaso do Memorial das Baianas, na praça da Cruz Caída, no Pelourinho. Segundo ela, em junho, o museu sofreu três arrombamentos e praticamente tudo foi levado. Já são 42 boletins de ocorrência (BOs) registrados na delegacia do Pelourinho por arrombamento no museu desde 2002. [Leia mais...]

Abandonado, Memorial das Baianas de Acarajé já foi arrombado 42 vezes

Foto: Rita Santos/Aban

Por: Laura Lorenzo no dia 01 de dezembro de 2016 às 18:32

A presidente da Associação das Baianas de Acarajé (Aban), Rita Santos, denunciou a situação de descaso do Memorial das Baianas, na praça da Cruz Caída, no Pelourinho. Segundo ela, em junho, o museu sofreu três arrombamentos e praticamente tudo foi levado. Já são 42 boletins de ocorrência (BOs) registrados na delegacia do Pelourinho por arrombamento no museu desde 2002.

"Hoje nós não temos panelas, não temos fogões, não temos freezers, não temos nada. Levaram tudo que você possa imaginar. Mesa, cadeira, liquidificador, fogão, botijão de gás. Não tenho geladeira, porque eles arrancaram o motor", contou ao Metro1

Ainda segundo a presidente, o Memorial das Baianas é um espaço do município, cedido pela prefeitura de Salvador, a partir de um acordo entre o a Prefeitura, o Governo do Estado e o Governo Federal. Contudo, de acordo com Rita, desde junho, quando aconteceram os arrombamentos, nenhum dos três responsáveis sequer prestou assistência ao museu. "O município não ajuda em nada. Serraram as grades, arrancaram as luminárias do teto todas, e eu não recebi uma visita, nada", relatou. 

Um suspeito de três arrombamentos chegou a ser preso neste ano, mas foi liberado, segundo Rita, por não ser considerado de alta periculosidade.

De acordo com a Polícia Civil, diversos itens foram recuperados — afirmação que Rita nega. Segundo a presidente, só foram reavidos um dos três moinhos utilizados para moer o feijão, uma das mais de 20 panelas, duas garrafas térmicas, três luminárias roubadas, mas que foram devolvidas quebradas. Por conta da falta de utensílios, atividades como oficinas de produção de acarajé não podem ser mais realizadas no museu.