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Família acusa Promédica de destratar paciente com câncer

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Família acusa Promédica de destratar paciente com câncer

O tormento da assistente social Tânia Veiga Martins teve início ao descobrir um câncer de pulmão. Pouco tempo após o diagnóstico, os exames mostraram que a doença já estava em fase de metástase óssea [Leia mais...]

Família acusa Promédica de destratar paciente com câncer

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Bárbara Silveira no dia 02 de dezembro de 2016 às 13:33

O tormento da assistente social Tânia Veiga Martins teve início ao descobrir um câncer de pulmão. Pouco tempo após o diagnóstico, os exames mostraram que a doença já estava em fase de metástase óssea. 
Bastante debilitada, Tânia foi internada no Hospital Jorge Valente — ligado à Promédica, plano a que é associada.

“Lá, ela começou a fazer os outros exames que precisava. E os médicos descobriram que um dos tumores já havia fraturado uma das vértebras, o que a impossibilitou de andar. Ela sente muita dor e está à base de morfina”, conta o sobrinho Filipe Seixas. 

Diante do estágio avançado da doença, a equipe médica decidiu dar alta para que Tânia seja transferida para casa e receba os tratamentos através do sistema médico homecare, com auxílio de profissionais, medicamentos e estrutura que precisa para garantir seu conforto.  Só que a Promédica não vai ajudar com um centavo desta assistência. Tudo terá de sair dos bolsos da família, que paga  cerca de R$ 1.400 mensais à operadora.  

“A necessidade real da paciente é ignorada”
Enquanto a Promédica não atende as necessidades de Tânia, a família se recusa a assinar a alta médica. “Tudo que eles estão fazendo é para se livrar dessa paciente. Não estão ligando para a necessidade real dela. A necessidade da paciente é ignorada”, lamenta. “Ela tem um câncer de pulmão, está dependendo de oxigênio e até isso eles dosam. Eu não sei até que ponto é interessante para esse plano que ela permaneça viva”, desabafa.

Dois exames que Tânia precisava fazer não foram assegurados pela Promédica. “Teve que sair para fazer. Ela estaria até agora lá esperando, porque a Promédica, que cobre, alegou que o equipamento estava quebrado. A gente nem sabe se esse equipamento existe”, disse o sobrinho da idosa.

Promédica diz que fez além
À Metrópole, a Promédica prometeu assegurar o transporte de ambulância até a casa de Tânia, o serviço de fisioterapia domiciliar e o oxigênio – o que, segundo o sobrinho da paciente, foi negado. “Estes serviços, inclusive, não fazem parte do contrato firmado entre a Promédica e a empresa da qual a Beneficiária faz parte”. Questionada sobre estrutura e medicação, a assistência afirmou que os itens “não estão previstos em contrato”.