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Alunos são barrados em colégio de Salvador por usarem calça jeans
Estudantes de uma escola particular de Mussurunga estão sem assistir aula desde o início do ano letivo de 2017 por conta de um problema envolvendo o fardamento dos alunos. Em denúncia enviada ao Metro1, uma mãe acusou o colégio Yeshua de impedir a entrada de um dos estudantes por conta de uma calça jeans, que não estaria adequada às normas da unidade de ensino. [Leia mais...]

Foto: Leitor Metro1
Estudantes de uma escola particular de Mussurunga estão sem assistir aula desde o início do ano letivo de 2017 por conta de um problema envolvendo o fardamento dos alunos. Em denúncia enviada ao Metro1, uma mãe acusou o colégio Yeshua de impedir a entrada de um dos estudantes por conta de uma calça jeans, que não estaria adequada às normas da unidade de ensino. "Ele está indo com calça jeans escura padrão escolar e na terça-feira perdeu a primeira aula porque não deixaram ele entrar, exigiram que ele usasse uma peça emprestada da escola, o que eu achei inconveniente", disse Leila Vasconcelos, mãe de um estudante do 2º ano do Ensino Médio.
Segundo ela, no contrato assinado pelos pais no ato da matrícula, está escrito que o fardamento do colégio deve conter obrigatoriamente camisa com logomarca da escola, bermuda com logomarca da escola, calça com logomarca da escola ou calça jeans, além de sapatos ou tênis. "O problema é que a escola vende uma calça de helanca tipo o short com a logomarca, mas o contrato é claro que pode ser a calça com a logomarca ou calça jeans [...] A diretora agora quer que os pais bordem a logomarca na calça jeans, mas os pais não aceitam porque não é isso que descreve o contrato", afirma a mãe.
Procurada pelo Metro1, a diretora do colégio Yeshua, professora Marlene Hipólito, declarou que nunca admitiu o uso de calças jeans, mas reconheceu que o contrato não diz expressamente esta informação. "A escola nunca usou calça jeans. Eu mandei fazer uma reforma do contrato e saiu a informação do fardamento da escola, que teria que ter a logo da escola. Colocou-se todas as peças e calça jeans. Tudo bem, essa informação de que tem que ter na calça jeans não tinha, mas tem que ter o logo da escola", disse ela.
"O aluno estuda aqui desde o sexto ano do fundamental, está hoje no segundo ano do ensino médio e sabe que não existe isso de calça jeans na escola. Mas a mãe questionou, deixei que ela falasse e me posicionei com muita surpresa", declarou a diretora, ressaltando que tentou solucionar o problema. "Eu pedi que ela trouxesse a calça jeans que eu colocasse a logo da escola, não tinha problema. Ela disse que não faria isso. Disponibilizei uma calça do colégio ao aluno, mas ela disse que ele não iria usar. Não fui eu que proibi, foi ela própria. Só ela está questionando isso", disse Hipólito.
Leila afirmou que vai buscar na Justiça o direito do filho de utilizar o fardamento previsto em contrato. "Ela foi bem taxativa comigo e disse que se eu quisesse cumprir aquilo que está no contrário, eu deveria entrar na Justiça. Não deveria ter necessidade disso, é uma coisa que poderia se resolver sem isso tudo", afirmou.
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