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Com ratos e áreas desabando, Colégio Odorico Tavares sofre com descaso da Secretaria de Educação

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Com ratos e áreas desabando, Colégio Odorico Tavares sofre com descaso da Secretaria de Educação

O problema é que a lista de qualidades ficou só na memória. Hoje, os 935 estudantes da instituição lidam diariamente com a falta de equipamentos, infiltrações por toda parte e o pior: o medo de um desabamento ainda pior que o de 22 de março, quando o teto da quadra veio abaixo [Leia mais...]

Com ratos e áreas desabando, Colégio Odorico Tavares sofre com descaso da Secretaria de Educação

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Bárbara Silveira no dia 04 de maio de 2017 às 12:00

Atualizado: no dia 04 de maio de 2017 às 12:00

Inaugurado em 1994, o Colégio Estadual Odorico Tavares já foi a menina dos olhos de muito estudante — o que fazia as vagas da instituição localizada no Corredor da Vitória serem alvo de disputa acirrada. O problema é que a lista de qualidades ficou só na memória. Hoje, os 935 estudantes da instituição lidam diariamente com a falta de equipamentos, infiltrações por toda parte e o pior: o medo de um desabamento ainda pior que o de 22 de março, quando o teto da quadra veio abaixo.

Na última quarta-feira (3), a Metrópole esteve no local para tentar mostrar os problemas, mas foi impedida de entrar. Só que, no colégio que homenageia o jornalista pernambucano Odorico Tavares, os próprios estudantes deram um jeito de não deixar os problemas debaixo do tapete.

Ratos perto da cantina
Se a estrutura é precária, a higiene, segundo os alunos, também deixa muito a desejar. “Ali embaixo, perto da cantina, tem um lado onde a gente senta, que dá para uns matos e tem muito rato. A professora até tirou foto para mostrar para a Secretaria de Educação”, lembrou uma aluna que preferiu não se identificar. As fotos enviadas à Metrópole pelos alunos mostram ratos e muito lixo.

 

“Eles abafam a condição em que a escola está”
Aluna do 3º ano do Ensino Médio, Maiana Conceição afirma que as reclamações são feitas há muito tempo, mas nada é resolvido. “A escola está caindo aos pedaços. Oventilador não funciona e, se chover, você corre o risco de tomar um banho, porque além de inundar, o 1º ano fica interditado”, contou.

Ainda segundo a aluna, a demora na reforma da quadra facilitou o desabamento. “Aonde você vai, é limo nas paredes. No banheiro, a descarga é toda despencada, o vaso não tem tampa, muitas vezes ainda falta água. E eles abafam, escondem a condição em que a escola está. É capaz de, daqui uns dias — Deus é mais — descer a escola toda com essas chuvas”, lamentou.

Secretaria promete obra e desratização
O colégio abriga ao todo 935 estudantes do Ensino Médio, sendo 251 alunos do 1º ano em Tempo Integral, e 684 estudantes do 2o e 3º ano regulares.

Diante das inúmeras denúncias de falta de infraestrutura e limpeza, a Secretaria de Educação afirmou à Metrópole que uma obra de manutenção já foi iniciada na escola, mas não esclareceu quando deve ser concluída e quais estruturas serão revitalizadas. Ainda segundo a pasta, a direção foi orientada a “contratar o serviço de dedetização e desratização”.