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"Jantar inteligente é o tipo que eu frequento muito", explica Pondé; entenda

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"Jantar inteligente é o tipo que eu frequento muito", explica Pondé; entenda

O escritor, filósofo e ensaísta Luiz Felipe Pondé explicou nesta segunda-feira (17), durante o programa Entre Páginas Especial, o que ele chama de “jantar inteligente”. “É uma descrição muito aclimatada em São Paulo". [Leia mais...]

"Jantar inteligente é o tipo que eu frequento muito", explica Pondé; entenda

Foto: Tácio Moreira / Metropress

Por: Stephanie Suerdieck no dia 17 de agosto de 2015 às 19:02

O escritor, filósofo e ensaísta Luiz Felipe Pondé explicou nesta segunda-feira (17), durante o programa Entre Páginas Especial, o que ele chama de “jantar inteligente”. “É uma descrição muito aclimatada em São Paulo. Jantares inteligentes são assim: a parte rica de São Paulo é a zona oeste e uma parte da zona sul. É muito alto e não tem para onde crescer. Tem regiões tombadas porque tem muitas árvores e casas. Além disso, tem muitas escolas caras que você bota seu filho para que ele seja super cabeça, descolado e com opiniões inteligentes. Lá você tem um acumulo de pessoas que tem uma maior quantidade de poder. Médicos, jornalistas, publicitários... [...] O jornalista acredita que ele tá salvando o mundo, o publicitário sabe que o mundo tá perdido faz tempo. Os dois vão para o inferno”, afirmou.


E ele continuou explicando o que seria o tal do “jantar inteligente”, para o qual as pessoas se tornam canditadas, segundo o filósofo. "Aos 25 anos você é candidato ao jantar inteligente. É uma idade que você sabe que a coisa começa a complicar. Aos 40 anos você sabe que o corpo não está mais no lugar, se remete a cirurgia plástica. Um jantar inteligente é um jantar, de fato, em que pessoas que tem uma certa grana e profissões boas podem ir, mas só se for casado com uma psicanalista. Qual engenheiro que acredita que a matemática vai salvar alguma coisa? No jantar inteligente, rolam aqueles papos cabeça. Pessoas que foram a Paris, jantaram em restaurantes que binguem sabe o nome, numa rua que ninguém sabe onde fica. Um jantar inteligente tem que ter um amigo gay, se não você não atesta que você não é uma pessoa sem preconceitos. Um jantar inteligente se transformou em uma critica, que se transformou na elite paulistana. Aquele tipo de pessoa que acha que ta fazendo alguma coisa boa. E que sabe que o filho vai ter uma vida resolvida, brincando com um Golden Retriever”, completou.