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Transporte complementar poderá perder cobradores: "Só ficarão se tiver rentabilidade"
Em tom pessimista, o presidente da Cooperativa dos Permissionários do Subsistema de Transporte Especial Complementar de Salvador (Coopstecs), Pedro Miranda, prevê o fim dos cobradores nos micro-ônibus de Salvador após a integração. Em entrevista a Zé Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (9), Miranda afirmou que manter o funcionário "não é rentável" e que a" tecnologia veio para tirar empregos". [Leia mais...]

Foto: Divulgação
Em tom pessimista, o presidente da Cooperativa dos Permissionários do Subsistema de Transporte Especial Complementar de Salvador (Coopstecs), Pedro Miranda, prevê o fim dos cobradores nos micro-ônibus de Salvador após a integração. Em entrevista a Zé Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (9), Miranda afirmou que manter o funcionário "não é rentável" e que a" tecnologia veio para tirar empregos".
"Em todo o lugar que integra, a primeira figura que perde o emprego é o cobrador. Os modais ficam curtos, as linhas ficam curtas. Para ter integração precisa do cartão, então, a figura do cobrador vira ilustrativa. Sinto muito, queria que ficasse o cobrador. Mas se eu perco metade da minha receita, não tenho como segurar minha figura [do cobrador] não vou enganar ninguém. Todos os nossos manifestos têm ajudado a gente, mas só ficará o cobrador se tiver rentabilidade. A prefeitura tem dito que não autoriza tirar, mas, se não houver rentabilidade, como vai manter? Em todo o lugar que tem integração onibus metrô, tem isso. A figura do cobrador perde seu emprego por causa da tecnologia, que veio para tirar emprego", defendeu.
O subsistema, de responsabilidade da Prefeitura de Salvador, conta com 275 microônibus rodando, de um total de 291 alvarás, está vivendo uma crise, segundo apontou o presidente da Coopstecs. "Ela faz o que quer. Ele não é gerido por empresários, é pela prefeitura. A integração em vez de me ajudar vai me matar mais. A gente tá passando a pior crise que já existiu no sistema, tanto no grande, quanto o pequeno. Se o grande chora, imagine o pequeno", disse.
Pedro Miranda acredita que o atrito entre prefeitura e governo do estado, na politização dos modais, pioraram a vida de empresários e da população em geral. "Parece intencional, para quebrar os sistemas todos. Intencional por parte da política, a política fez com que isso acontecesse. Na Bahia politizaram o sistema de transporte com esse enfrentamento entre a prefeitura e o governo. Quem perdeu foram nós, população e empresários", concluiu.
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