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Dono de barraco de rico da Vitória debocha em audiência pública: "Adoro árvore"

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Dono de barraco de rico da Vitória debocha em audiência pública: "Adoro árvore"

Dono de barraco de rico da Vitória debocha em audiência pública: "Adoro árvore"

Foto: Reprodução/Bocão News

Por: Matheus Simoni no dia 11 de maio de 2015 às 15:34

A Câmara de Municipal de Salvador realizou uma audiência pública para tratar da construção de um prédio de dez andares, localizada na Rua Aloysio de Carvalho, no Corredor da Vitória, nesta segunda-feira (11). O empreendimento foi assunto da capa do Jornal da Metrópole do último dia 30 de março e revelou o desmatamento de uma encosta repleta de área verde na região. Durante a audiência, o síndico do Condomínio Bahia Dourada, Carlos Etchevanne, afirmou que a vegetação é uma característica histórica da região da Vitória. 

Ele também argumentou que a prefeitura de Salvador deveria ter levado em conta este fator no momento de conceder a licença de construção do empreendimento. "A Vitória tem na vegetação uma identificação no bairro. Já não é somente um elemento natural, é principalmente cultural. Uma questão patrimonial está em jogo. Notamos também que não houve um estudo de impacto de vizinhança. Acreditamos que esse estudo deve preceder qualquer autorização de construção", declarou Carlos Etchevanne. 

Em tom de deboche, o proprietário do Empreendimento Vitória Mares, Carlos Filleto, disse que era 'fã de arvores' e da suas sombras. "Eu adoro a sombra das árvores. Adoro árvores. Tivemos todo o cuidado na hora de planejar para não atrapalhar a vista de ninguém. A construção é completamente legal. Vocês acham que um órgão tão competente como a Sucom concederia o alvará se não fosse legal? E a Justiça? Acham que eu arriscaria o nome e o de minha família?", questionou Filleto aos moradores do bairro que compareceram à audiência. 

O empresário da Porto Vitória respondeu as críticas dizendo que tudo estava dentro da legalidade. "Está tudo dentro da lei. Estou sendo vítima de perseguição. Buscamos e conseguimos a autorização de todos os órgãos ambientais. Não tem uma vírgula fora do lugar", disse.