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Relógio de São Pedro segue parado à espera de manutenção

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Relógio de São Pedro segue parado à espera de manutenção

Prestes a completar 102 anos de história, o Relógio de São Pedro não é mais o mesmo do tempo em que foi inaugurado pelo então governador Antônio Muniz , em 1916. O velho equipamento encomendado ao fabricante parisiense Henry-Lepaute já foi ponto encontro da população que transita pela Avenida Sete de Setembro, hoje vive quase que constantemente parado ou atrasado [Leia mais...]

Relógio de São Pedro segue parado à espera de manutenção

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Matheus Morais no dia 20 de abril de 2018 às 09:51

Atualizado: no dia 20 de abril de 2018 às 10:18

Prestes a completar 102 anos de história, o Relógio de São Pedro não é mais o mesmo do tempo em que foi inaugurado pelo então governador Antônio Muniz , em 1916. O velho equipamento encomendado ao fabricante parisiense Henry-Lepaute já foi ponto encontro da população que transita pela Avenida Sete de Setembro, hoje vive quase que constantemente parado ou atrasado.

“Passo ali todos os dias e me oriento por ele, quer dizer, me orientava. Hoje não dá mais para confiar porque só vive quebrado. Uma pena, é um patrimônio de Salvador que não está sendo cuidado corretamente”, reclamou a aposentada Tania Maria, que mora no bairro de Nazaré. O relógio que tem forma de poste de iluminação, 6,5 m de altura e foi idealizado pelo escultor italiano Pasquale De Chirico,  foi restaurado em 2015 pela Prefeitura, quando voltou a funcionar depois de 10 anos parado.

Manutenção é raridade
O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, responsável pela manutenção do relógio de São Pedro, afirmou que o problema será resolvido imediatamente e explicou que apenas um profissional realiza a manutenção do instrumento em Salvador.
“O relógio é muito antigo, composto por quatro mecanismos, infelizmente, quando pifa um, pifam todos. São lados independentes, mas que acontece isso quando dá algum defeito. Já tentamos, mas para transformar esse mecanismo em digital é quase impossível”, disse.

Muita história
O historiador Francisco Senna relembrou que o relógio foi derrubado por um caminhão baú em 1999 . “Ficou todo espatifado. Na época era presidente da Fundação Gregório de Mattos e mandei recolher os cacos e restaurar toda a parte de bronze e o maquinário. Ele ficou pronto na passagem do milênio”. A Metrópole já havia denunciado em 2015 o atraso nas obras do Relógio de São Pedro e da Praça Barão do Rio Branco, feitas pela prefeitura.