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OAB critica Gilmar Mendes: “Agiu de forma grosseira e arbitrária”

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OAB critica Gilmar Mendes: “Agiu de forma grosseira e arbitrária”

Em nota enviada à imprensa, o Colégio de Presidentes de Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil criticou a postura do Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que abandonou o plenário diante de esclarecimento prestado pelo advogado e dirigente da Ordem dos Advogados. [Leia mais...]

OAB critica Gilmar Mendes: “Agiu de forma grosseira e arbitrária”

Foto: Reprodução/ Veja

Por: Matheus Morais no dia 17 de setembro de 2015 às 13:16

Em nota enviada à imprensa, o Colégio de Presidentes de Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil criticou a postura do Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que abandonou o plenário diante de esclarecimento prestado pelo advogado e dirigente da Ordem dos Advogados. “Grosseira, arbitrária e incorreta”, disse. Segundo a OAB, o advogado agiu de “forma legítima, educada e cortês, representava a voz da advocacia brasileira”, completou.

“Repudia o Colégio de Presidentes os ataques grosseiros e gratuitos, desprovidos de qualquer prova, evidência ou base factual, que o Ministro Gilmar Mendes fez a Ordem dos Advogados em seu voto sobre o investimento empresarial em campanhas eleitorais, voto vista levado ao plenário somente um ano e meio depois do pedido de vista”, afirmou a OAB.

Ainda segundo a nota, comportamentos como o adotado pelo Ministro Gilmar Mendes são incompatíveis com o que se exige de um Magistrado, ferindo a lei orgânica da magistratura e estão na contramão dos tempos de liberdade e transparência.

“Não mais o tempo do poder absoluto dos juízes. Não mais a postura intolerante, símbolo de um Judiciário arcaico, que os ventos da democracia varreram. Os tempos são outros e a voz altiva da advocacia brasileira, que nunca se calou, não será sequer tisnada pela ação de um Magistrado que não se fez digno de seu ofício”, diz a nota.

A OAB enfatizou ainda que “o ato de desrespeito às prerrogativas profissionais do advogado foi também um ato de agressão à cidadania brasileira e merece a mais dura e veemente condenação; o ato de abandono do plenário, por grotesco e deselegante, esse se revelou mais um espasmo autoritário, característico de alguns juízes que insistem em refletir uma postura desconectada da democracia, perfil que nossa população, definitivamente, não tolera mais”.