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Quinta-feira, 11 de abril de 2024

Cidade

Neto acusa empresários de permitir greve para 'pressionar' e admite intervenção

O gestor da capital garantiu ainda que as passagens de ônibus não vão ser reajustadas esse ano

 Neto acusa empresários de permitir greve para 'pressionar' e admite intervenção

Foto: Alexandre Galvão/ Metropress

Por: Alexandre Galvão/ Evilásio Júnior/ Luiza Leão no dia 22 de maio de 2018 às 17:24

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), acusou os empresários de permitirem a greve com o objetivo de pressionar a gestão municipal e não descartou intervenção da prefeitura nas empresas de ônibus, mesmo que a medida provoque prejuízos ao patrimônio dos empresários.

"Eu não posso imaginar que o desejo dos empresários, que são concessionários que participaram da licitação, que aceitaram as regras da concessão, que contrataram com a prefeitura, que iniciaram o cumprimento de um contrato e, por alguns meses, esse contrato foi cumprido com os termos que aí se encontram, eu não posso acreditar que, a essa altura do campeonato, eles queiram simplesmente entregar o contrato. É óbvio que, em uma situação-limite, a prefeitura não deixa de estudar uma intervenção. Agora, podem ter certeza que essa intervenção significaria entrar nas empresas e assumir a operação das empresas, inclusive comprometendo o patrimônio dos empresários, que de certa forma dá suporte e garantia à execução desse contrato", afirmou o chefe do Executivo municipal.

Segundo o prefeito, os empresários do setor permitiram a greve "como forma de pressionar a prefeitura". "Mas não conseguirão, porque nós não vamos permitir nem aumento de tarifa, que foi uma demanda que eles trouxeram para o ano de 2018, isso não vai acontecer, como também não vamos permitir exclusão ou eliminação de novas linhas de ônibus em nossa cidade", afirmou Neto, em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje (22), para falar do plano de operação em função da greve deflagrada mais cedo.

O gestor da capital garantiu ainda que as passagens de ônibus não vão ser reajustadas esse ano. "Iremos adotar as medidas no tempo certo, no tempo determinado pelo contrato, com auxílio do Ministério Público, do Tribunal de Contas dos Municípios, como sempre", disse, ao ser perguntado pelo Metro1.