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Shopping da Gente tem denúncias de estelionato e caso vai parar no MP

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Shopping da Gente tem denúncias de estelionato e caso vai parar no MP

Inaugurado com dois anos de atraso, o empreendimento acumula problemas estruturais

Shopping da Gente tem denúncias de estelionato e caso vai parar no MP

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Gabriel Nascimento no dia 06 de julho de 2018 às 08:40

Se tem alguém que conhece o verdadeiro significado da expressão “comprar gato por lebre”, ele está no Shopping da Gente, em Salvador. O empreendimento na Av. Antônio Carlos Magalhães — inaugurado com dois anos de atraso —, foi vendido como “um dos mais modernos” da capital, no entanto, acumula problemas estruturais e o descontentamento dos investidores.  

Quem acreditou no projeto teve a decepção concretizada logo na abertura das portas, em julho de 2016. De acordo com os lojistas, ainda falta tudo no local pensado para ser popular: gestão, segurança, climatização, limpeza e até piso. Sem respostas do empresário Carlos Piñon Filho, um dos responsáveis pelo espaço, os permissionários acionaram a Justiça e se reuniram com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) na semana passada.  

De acordo com o presidente da Associação dos Lojistas (ALSDG), Pedro Vilas Boas, mesmo inacabado, o shopping chega a ter um aluguel três vezes mais caro que em estabelecimentos maiores como  o Salvador Shopping. “São microempresários e existe uma carência financeira. Essas pessoas pegaram o FGTS, financiamento e investiram na maior dificuldade. Quando foi entregue não tinha nem banheiro funcionando, mas tinha o aluguel e o condomínio para pagar”, afirmou. 

“Existe um problema de estelionato no shopping”
Os comerciantes até tentam encontrar a saída para os prejuízos acumulados, sem sucesso. Alguns relatam, inclusive, que um mesmo box foi vendido para mais de duas pessoas. “Teve gente que perdeu as lojas para a administração, gente que já tinha montado a loja. Ele [Piñon] tomou e trocou fechaduras”, contou uma lojista, que preferiu não se identificar.

A declaração foi reforçada pelo presidente da associação. “Temos um processo criminal. Diversas lojas foram vendidas a três pessoas diferentes. É bom deixar claro que existe um problema de estelionato no shopping”, afirmou. Carlos Piñon Filho não foi encontrado para responder as acusações. Uma nova reunião com MP-BA está marcada para o dia 16 de agosto.

  >> Leia a matéria completa no Jornal da Metrópole dessa semana