
Cidade
Desordem Pública: Semop tem pepinos para resolver e dá muitas desculpas
O Jornal da Metrópole levantou informações sobre as principais estruturas de responsabilidade da pasta e quais as iniciativas feitas pelo órgão

Foto: Tácio Moreira/Metropress
Um dos maiores entraves da atual gestão da prefeitura municipal é conseguir garantir o funcionamento e uso pleno de diversos equipamentos espalhados por Salvador. Responsável direta por essa função, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) coleciona problemas e poucas soluções nos últimos anos. O Jornal da Metrópole levantou as principais estruturas de responsabilidade da pasta e quais as iniciativas feitas pelo órgão, chefiado pelo secretário Marcos Passos.
Entre esses imbróglios estão a situação dos cemitérios municipais, que foram tema de reportagem do Jornal da Metrópole por conta da falta de vagas para a população. Há ainda a questão do ordenamento de vendedores ambulantes em regiões onde o comércio de rua é muito presente, como Avenida Sete de Setembro e Centro Histórico.
Também sob responsabilidade da Semop estão os mercados municipais de Itapuã e Cajazeiras, alvos de protestos por parte dos permissionários dos equipamentos. Questionada pela reportagem, a Semop lista quais as justificativas para os problemas e o que tem sido feito pela gestão para contornar as situações.
A culpa é da violência
Em julho do ano passado, a Semop usou como justificativa para a falta de espaço nos cemitérios o aumento da violência na capital baiana. Um ano depois, o problema continua usado como desculpa, além do fechamento de parte do cemitério de Quinta dos Lázaros.
“Ao longo dos últimos cinco anos a demanda por sepultamento nos cemitérios municipais aumentou cerca de 40%, seja em função do fechamento de parte do complexo do cemitério Quinta dos Lázaros, em 2015, que é administrado pelo governo do Estado, seja pelo aumento da violência em Salvador, que, conforme dados divulgados pela imprensa, já chegou a quase 30 mortes por fim de semana”, afirma a Semop.
Promessa de regularização: compromisso garante que Semop vai ajudar comerciários
Culpando o aumento no número de desempregados no país, a pasta afirma que tem buscado atuar de forma conjunta com Guarda Civil Municipal, Transalvador, Sedur e Polícia Militar para ordenar o comércio informal em Salvador, inclusive no Centro.
“A Semop entende a necessidade de os ambulantes trabalharem para sustentarem suas famílias, por isso, toda a atuação hoje visa o ordenamento nas vias públicas, sem exclusão desses profissionais da rua”, diz a pasta. A Semop declarou que assinou um termo de compromisso com todos os comerciantes informais licenciados e não licenciados.
Após incêndio, mercado segue sem data para reabrir
Alvo de um incêndio em junho do ano passado, o mercado de Cajazeiras deverá ganhar uma nova função após reforma feita pela Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop). O mercado terá, além do comércio de artesanato e produtos hortifrutigranjeiros, uma unidade de Prefeitura- -Bairro e vai receber o projeto Boca de Brasa, da Fundação Gregório de Mattos (FGM). Segundo a Semop, serão três espaços, com manutenção dos 69 boxes para comércios diversos e serviços. No entanto, a data de reabertura após a reforma não foi informado.
Mercado de Itapuã passa por reforma
Entregue no fim de 2015, o Mercado de Itapuã já passa por reforma. Permissionários foram realocados para a área do estacionamento até o fim das obras, que devem durar mais três meses. Ao todo, serão gastos cerca de R$ 324 mil na revitalização. “Estamos empreendendo todos os esforços para a melhoria contínua das feiras e mercados municipais a fim de proporcionar mais conforto e uma melhor infraestrutura para a população”, afirma o secretário.
E nada de licitação...
Mesmo com dois anos de atraso, ainda não há licitação para substituição dos banheiros químicos de Salvador. O tema, que já foi alvo de matéria do Jornal da Metrópole, continua esquecido pela pasta. Segundo a Semop, o estudo técnico para a troca dos sanitários, “que serão instalados em locais estratégicos, com grande circulação de pessoas”, já foi concluído, restando apenas a finalização do Termo de Referência para dar início ao processo licitatório, que havia sido prometido para 2016 e ainda não saiu do papel.
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