Jornalista relembra discurso de quando foi nomeado cidadão baiano; confira

Durante o Entre Páginas Especial desta sexta-feira (18), no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Salvador Shopping, o escritor e jornalista Paulo Henrique Amorim relembrou o discurso que fez na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), quando recebeu o título de cidadão baiano. “Me sinto muito honrado em ser baiano também”, afirma o Amorim em um trecho do documento.

O discurso cita o poeta baiano Antônio Frederico de Castro Alves, e o hino ao 2 de julho pela independência da Bahia.

Confira um trecho do discurso relembrado pelo jornalista:

“Era no dois de julho. A pugna imensa travara-se nos cerros da Bahia… o anjo da morte pálido cosia uma vasta mortalha em Pirajá. Neste lençol tão largo, tão extenso, como um pedaço roto do infinito… o mundo perguntava erguendo um grito: Qual dos gigantes morto rolará?' Assim começa a "Ode ao Dois de Julho", de Antônio de Castro Alves. No domingo mais próximo do dois de julho, meu pai, Deolindo Antônio de Amorim, levantava-se da cabeceira da mesa do almoço lia…” – para nós, os três filhos – “(…) a ode inteira, em homenagem a data magna baiana (...)”

“ (…) A Bahia do sertão, para mim, caiu no mar quando este cidadão carioca se casou com a baiana mais bonita da Bahia. Ela se chama Geórgia Cardoso Pinheiro, de Oxum, de todos os santos e demônios, do acarajé, da música, da gargalhada, da maledicência no bom sentido, repito, no bom sentido. Da mesa farta da família que não termina de chegar, pois está, sempre, chegando um. E nessa mistura do seco Deolindo Antônio com o molhado de Geórgia, me sinto muito honrado em ser baiano também.”