
Cultura
Morre a mestre ceramista e sambadeira Dona Cadu, aos 104 anos
Criadora de panelas, frigideiras, potes e outros utensílios, ela representou com nobreza a tradição no distrito de Coqueiros

Foto: Divulgação
Morreu na madrugada desta terça (21), aos 104 anos, a ceramista Dona Cadu. Com mais de 90 anos dedicados à arte,
Ricardina Pereira da Silva era a mais antiga mestra do ofício na pequena cidade de Coqueiros, distrito de Maragogipe, no interior da Bahia, berço do artesanato em barro e cerâmica.
“Era menina ainda quando vi uma vizinha de meu pai fazendo cerâmica. Eu olhava e achava bonito. Ela me perguntou se eu queria aprender e eu aceitei na hora. Assim, do barro, há anos, tenho tirado o sustento da minha família e consegui educar meus filhos”, declarou a ceramista em 2015, ao blog Navegando Juntos.
Ela também era sambadeira e tinha orgulho de ter representado a Bahia com as duas artes em uma exposição em Curitiba.
Em honra da morte de Dona Cadu, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) decretou luto oficial de três dias. Em 2020, ela foi agraciada com o título de Doutora Honoris Causa pela UFRB, e em 2021 pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
"A reitora Georgina Gonçalves declara luto oficial de três dias na UFRB. Ao expressarmos nossas condolências, manifestamos nosso apoio e solidariedade aos amigos, familiares e a toda comunidade acadêmica", diz a nota divulgada pela universidade.
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