Cultura
"Quando eu morrer, podem jogar meus filmes no mar, não me importa", diz Woody Allen aos 88 anos
Cancelado nos Estados Unidos, o diretor lança "Golpe de Sorte em Paris", que estreia no Brasil este mês
Foto: Divulgação
O novo filme de Woody Allen, "Golpe de Sorte em Paris", estreia no Brasil no dia 19 de setembro. Como parte da promoção do longa, o diretor conversou com o jornal Folha de São Paulo, por chamada de vídeo. Questionado se está "satisfeito com o seu legado no cinema", ele respondeu: "Eu não sou uma pessoa muito ligada a legados. Sempre que faço um filme, nunca mais o vejo novamente. Fiz meu primeiro filme em 1968 e desde então, nunca mais o vi".
E continuou: "Depois que termino meus filmes, não me importo mais com eles. E tenho 88 anos, logo estarei morto, então não me importo nem um pouco com meu legado, ele não significa nada para mim. Se, quando eu morrer, pegarem meus filmes e os jogarem no oceano, ou queimarem, não me importa. Estarei morto. Quando você está morto, nada importa. Um legado é uma fantasia que as pessoas têm, é como os religiosos que acreditam na vida após a morte. Mas você não existe, então quem se importa com meus filmes? Eu não".
A trama de "Golpe de Sorte em Paris" traz Fanny (Lou de Laâge) e Jean (Melvil Poupaud), uma espécie de casal perfeito que vê sua relação abalada pelo surgimento de Alain (Niels Schneider), um antigo amigo de colégio da mulher, que agora é escritor e a seduz com a possibilidade de reacender sonhos de juventude.
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