
Cultura
Centenário de Mãe Stella: líder espiritual e escritora usou sua voz para fortalecer a cultura afro-brasileira
Mãe Stella faria 100 anos nesta sexta-feira (2), celebrando um legado de força e fé

Foto: Egi Santana/Flica
Maria Stella de Azevedo Santos, ou Mãe Stella de Oxóssi, completaria 100 anos nesta sexta-feira (2). Reconhecida como a primeira ialorixá eleita para a Academia de Letras da Bahia, ela deixou um legado literário com nove livros, entre eles "Meu tempo é agora" e "Òsósi – O Caçador de Alegrias". Sua trajetória, dedicada ao estudo e à difusão das crenças africanas, lhe rendeu o título de doutora honoris causa pela Universidade Federalo da Bahia (UFBA) e pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
Iniciada no Candomblé aos 14 anos, Mãe Stella viveu 80 anos no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, liderando-o por mais de quatro décadas. Sua morte, em 2018, aos 93 anos, após complicações de saúde, marcou o fim de uma era, mas seu espírito permanece vivo na memória coletiva.
Mulher negra, escritora e ialorixá, ela foi uma das principais vozes das religiões de matriz africana no Brasil. Seu centenário é mais que uma lembrança; é a celebração de uma história que reverberou por ter ajudado na escrita do Candomblé com dignidade e força.
Além de sacerdotisa, Mãe Stella também foi enfermeira e pioneira ao usar a escrita como ferramenta de resistência e ensino. Seu legado se perpetua nos terreiros, nos livros e nas lutas do povo de axé.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.