
Cultura
'Milito muito contra o artista que se acha iluminado', diz criador do Neojiba
Ricardo Castro destaca que é preciso dar oportunidades para que as crianças desenvolvam as habilidades musicais

Foto: Matheus Simoni/Metropress
O criador e diretor dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), Ricardo Castro, fez uma crítica ao discurso que defende que os músicos são dotados de uma espécie de dom especial.
“Eu milito muito contra isso, contra o artista que se acha iluminado por Deus e que ele merece um tratamento especial. Não acredito em uma coisa de ser especial por ser artista. É um privilegio ser artista e é uma escolha de vida difícil. É uma profissão muito dura”, avaliou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (9).
Ele cita o caso de uma jovem do bairro de Periperi, em Salvador, que foi tocar na Filamônica de Berlim depois de estudar no Neojiba e destaca que é preciso dar oportunidades para que as crianças desenvolvam as habilidades.
“Não vejo (a música) como dom. Vejo como capacidade humana. Vejo que se uma pessoa insiste em um instrumento e tem capacidade em outro, os resultados não vão ser tão bons. Gosto muito do Neojiba por ter uma palheta de oportunidades que pode oferecer a uma criança”, pondera.
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