Cultura
Samba Junino ganha data oficial no calendário de Salvador
O prefeito ACM Neto afirmou que "as comemorações alusivas à data farão parte do Calendário Oficial de Eventos do Município"
Foto: Divulgação
Às vésperas de comemorar 471 anos de fundação da cidade (29 de março), a prefeitura de Salvador sancionou ontem (26) a lei que institui o Dia Municipal do Samba Junino, a ser comemorado, anualmente, no dia 17 de abril. No texto publicado em Diário Oficial, o prefeito ACM Neto afirma que "as comemorações alusivas à data farão parte do Calendário Oficial de Eventos do Município de Salvador e poderão ser destacadas com programas sociais e educativos, destinados a difundir informações e orientações que conscientizem a sociedade sobre essa
importante manifestação cultural baiana".
Movimento típico de Salvador e Recôncavo, o Samba Junino (ou Samba Duro) deu contribuição sui gêneris para os festejos do meio do ano, ao deslocar a matriz estético-cultural da Europa para a África. Tendo o samba e não o forró como base, o movimento instituiu orquestração distinta para a festa, substituindo os tradicionais acordeom (ou rabeca), zabumba e triângulo por timbaus e outros instrumentos percussivos.
De grupos como Samba Scorpios, Jaké, Samba Natureza, Arte de Negro e outros surgiram importantes artistas como Tatau, Ninha, Márcio Victor, Tonho Matéria, Tote Gira, Jorjão Bafafé e outros.
Tombado desde 2018 como Patrimônio Imaterial de Salvador, pela Fundação Gregório de Mattos, o Samba Junino, que amargou mais de uma década de descaso, com os grupos reduzidos a poucos foliões mais fiéis, aos poucos tem sua importância reconhecida e cresce em espaço na cidade, com o período junino em bairros como Liberdade e Nordeste de Amaralina tomado por agremiações do gênero.
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