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Poeta Marina Colasanti lança novo livro em meio à pandemia: 'Um diálogo com a vida e com a morte'

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Poeta Marina Colasanti lança novo livro em meio à pandemia: 'Um diálogo com a vida e com a morte'

Em entrevista à Metrópole, a escritora comentou ainda sobre a poesia no Brasil e a construção de sua carreira

Poeta Marina Colasanti lança novo livro em meio à pandemia: 'Um diálogo com a vida e com a morte'

Foto: Divulgação/Fernando Rabelo

Por: Metro1 no dia 03 de agosto de 2020 às 12:30

A poeta e escritora Marina Colasanti comentou hoje (3), em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, sobre o seu novo livro “Mais Longa Vida”, lançado em março deste ano. De acordo com ela, com a estreia em meio à pandemia de coronavírus, a obra “saiu atirada ao vento”. 
 
“É um livro de finitude, um diálogo com a vida e com a morte. Eu vou fazer mês que vem 83 anos e estou pronta para ir, como deve ser quando a gente envelhece. Podemos dizer que saiu atirada ao vento porque não pudemos inaugurar presencialmente neste momento de isolamento e tivemos uma exótica noite de autógrafos virtual. Eu não sei como processar um evento desse tipo, mas assim foi. Eu autografei 50 exemplares”, contou Marina. 
 
A poeta também fez uma reflexão sobre a forma como a poesia é tratada no Brasil. “A poesia é pouco lida aqui, circula pouco. A gente faz poesia porque é necessário para quem a faz e para quem a aprecia, mas não são tantos quanto leitores de autoajuda, por exemplo. Hoje estava vendo uma matéria sobre o aplicativo TikTok e os jovens estão fazendo vídeos sobre literatura, mas me parece tão impossível falar de literatura em 30 segundos”, opinou ela.
 
Marina ainda contou o que a fez seguir a carreira de escritora. “Eu fiz Belas Artes e começava um caminho para ser artista plástica, mas sempre tive um temperamento independente e queria ter meu próprio dinheiro. Então meu amigo Millôr Fernandes achou que eu deveria ser jornalista, porque eu sempre fui grande leitora  e gostava de escrever. Ele me levou para o Jornal do Brasil, para ser repórter. Fiquei nesta função muito pouco tempo, porque logo se deram conta que eu tinha uma boa escrita e fui promovida a redatora, depois fui cronista e ali começou a minha carreira de escritora”, disse a poeta.