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Exportações de carne de frango caem com impacto da gripe aviária, diz Governo

Economia

Exportações de carne de frango caem com impacto da gripe aviária, diz Governo

Restrições de 38 países afetam embarques brasileiros; governo diz que foco foi controlado e efeito deve ser temporário

Exportações de carne de frango caem com impacto da gripe aviária, diz Governo

Foto: Divulgação/Freepik

Por: Metro1 no dia 05 de junho de 2025 às 18:50

As exportações brasileiras de carne de frango e miudezas recuaram 12,9% em valor e 14,4% em volume no mês de maio, segundo dados da balança comercial divulgados nesta quinta-feira (5). A queda é atribuída ao impacto da gripe aviária, que levou 38 países a imporem algum tipo de restrição sanitária ao produto nacional — de bloqueios totais a limitações regionais.

“Essa pequena redução provavelmente foi um efeito sim dessas suspensões”, afirmou Herlon Brandão, diretor de Planejamento e Inteligência Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), durante coletiva de imprensa.

De acordo com Brandão, o recuo surpreendeu porque o desempenho do setor vinha em alta ao longo dos meses. No acumulado de janeiro a maio, o volume exportado de carnes de aves cresceu 4,1%, e os preços médios, 3,4%, o que resultou em uma alta de 7,7% no valor total exportado no período.

O diretor explicou que os efeitos logísticos retardam o impacto imediato das restrições sanitárias:
“As sanções se materializam na emissão do certificado sanitário, feita no frigorífico. Mas o dado de exportação é registrado no porto, quando a mercadoria é embarcada. Pode envolver carne que já estava estocada, a caminho ou até mesmo no navio”, explicou.

O Brasil confirmou há três semanas o primeiro foco de gripe aviária em granja comercial, no município de Montenegro (RS). Desde então, 38 países passaram a impor restrições aos produtos avícolas brasileiros. Apesar disso, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o foco foi rapidamente controlado e o país deve retomar as exportações normalmente em breve.

No momento, ainda há 12 investigações ativas sobre possíveis novos focos da doença. A maior parte envolve aves silvestres ou de criação doméstica (fundo de quintal), que não impactam diretamente o comércio internacional.