
Economia
Gleisi Hoffman critica nova alta da Selic: "Incompreensível"
Taxa básica foi elevada a 15%, maior nível desde 2006; BC alega cenário externo adverso e inflação acima da meta

Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificou como “incompreensível” a nova alta da taxa básica de juros, anunciada pelo Banco Central nesta quarta-feira (18). A Selic subiu de 14,75% para 15% ao ano, maior patamar desde maio de 2006.
“No momento em que o país combina desaceleração da inflação, déficit primário zero, crescimento da economia e investimentos internacionais que refletem confiança, é incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros”, escreveu a ministra no X (antigo Twitter).
O Comitê de Política Monetária (Copom) justificou o aumento citando o cenário externo adverso, especialmente a política econômica dos Estados Unidos. Todos os nove integrantes do colegiado votaram a favor da elevação, incluindo o presidente do BC, Gabriel Galípolo.
Apesar da decisão, o BC sinalizou que este pode ser o fim do ciclo de alta. Gleisi reagiu: “O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos”.
O comunicado do Copom destacou que a inflação esperada para 2025 e 2026 segue acima da meta, com projeções de 5,2% e 4,5%, respectivamente. Para o BC, manter uma política monetária “significativamente contracionista por período prolongado” é essencial para controlar a inflação.
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