
Economia
Contas do governo fecham outubro com superávit, mas abaixo de 2024
Resultado positivo reforça arrecadação do mês de outubro, mas desempenho no ano ainda preocupa

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Governo Central registrou superávit primário de R$ 36,5 bilhões em outubro, resultado que reúne as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social. Apesar de ser o quarto melhor desempenho para o mês na série histórica, o saldo ficou abaixo do registrado em outubro de 2024, quando o superávit somou R$ 41 bilhões já descontada a inflação.
O resultado foi influenciado pela arrecadação elevada no mês, especialmente do Imposto de Renda e do IOF. As receitas líquidas cresceram 4,5% em termos reais, totalizando R$ 228,9 bilhões, enquanto as despesas subiram 9,2%, alcançando R$ 192,4 bilhões. Entre os gastos que mais avançaram estão saúde, benefícios previdenciários e precatórios.
Mesmo com o desempenho positivo em outubro, o acumulado do ano segue negativo. Entre janeiro e outubro, o déficit primário chega a R$ 63,7 bilhões, mantendo pressão sobre o cumprimento da meta fiscal. O governo trabalha com limite de déficit de até R$ 31 bilhões em 2025, considerando a margem de tolerância prevista no arcabouço fiscal.
A situação ainda é considerada desafiadora, com despesas em alta e projeções apertadas para o fechamento do ano. O cenário fiscal depende do ritmo de arrecadação e do controle de gastos para que as metas estabelecidas sejam alcançadas.
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