Petrobras perde para o Itaú posto de 2ª maior empresa de capital aberto

A Petrobras, pouco depois de um mês após ter recuperado o posto de 2ª maior empresa de capital aberto do país em valor de mercado, volta a ser superada pelo Itaú Unibanco, de acordo com dados da provedora de informações financeiras Esconomatica. Nesta segunda-feira (14), após o fechamento do pregão, a estatal alcançou um valor de mercado de R$ 199,5 bilhões, enquanto o Itaú Unibanco somou R$ 208,2 bilhões. 

Em outubro deste ano, a Petrobras chegou a R$ 211,64 bilhões, R$ 27 milhões acima do valor de mercado do Itaú Unibanco. A Ambev lidera o ranking das empresas mais valiosas do Brasil e da América Latina, com suas ações avaliadas em R$ 271,6 bilhões.

A Petrobras tem queda em seu valor de mercado em meio às perdas da Bovespa, em razão do aumento da incerteza após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Em 3 sessões da semana passada, a Bovespa perdeu mais de R$ 180 bilhões em valor de mercado, de acordo com informações da Economatica.

Nesta segunda, a Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu a 0,8%, a 59.657 pontos, após ter acumulado queda de 7,75% nas 3 sessões anteriores. 

Ações em alta

As ações preferenciais da Petrobras são as mais negociadas da Bovespa e caíram cerca de 20% nas últimas 4 sessões. Nesta segunda, o valor recuou 0,07%, fechando o dia a R$ 14. Neste ano, no entanto, as ações acumulam alta de 109%, ao passo que as do Unibanco têm alta de 50%.

Mesmo com a recuperação, as ações da Petrobras ainda seguem distantes das máximas atingidas na passagem de 2007 para 2008, superaram a marca de R$ 33. Em fevereiro deste ano, a estatal era a quarta maior empresa do país, atrás da Ambev, Itaú Unibanco e Bradesco. A petrobras liderou pela última vez em 15 de outubro de 2014, quando alcançou R$ 254,44 bilhões, contra R$ 247,71 bilhões da Ambev.

A Petrobras anunciou na semana passada um prejuízo líquido de R$ 16,458 bilhões no 3º trimestre de 2016, o terceiro maior já registrado na história da empresa, podendo ocasionar em mais um ano sem distribuição de dividendos a acionistas. As perdas se deram em razão da revalidação de ativos da companhia, como campos de produção de óleo e gás, equipamentos, parte das instalações da refinaria de Abreu e Lima e do complexo petroquímico de Suape.