Quinta-feira, 13 de março de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Economia

/

Camargo Corrêa admite cartel na Petrobras e vai devolver mais de R$ 104 milhões

Economia

Camargo Corrêa admite cartel na Petrobras e vai devolver mais de R$ 104 milhões

A construtora Camargo Corrêa admitiu, junto a dois ex-executivos, através de um acordo firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ter participado de cartel para licitações da Petrobras. A empresa concordou em pagar mais de R$ 104 milhões. Segundo o Cade, a indenização aos cofres públicos é a maior já estabelecida em um Termo de Compromisso de Cessação. [Leia mais...]

Camargo Corrêa admite cartel na Petrobras e vai devolver mais de R$ 104 milhões

Foto: Reprodução / 99 Jobs

Por: Stephanie Suerdieck no dia 19 de agosto de 2015 às 15:39

A construtora Camargo Corrêa admitiu, junto a dois ex-executivos, através de um acordo firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ter participado de cartel para licitações da Petrobras. A empresa concordou em pagar mais de R$ 104 milhões, segundo informações divulgadas pelo órgão nesta quarta-feira (19). Segundo o Cade, que conduziu as investigações através da Operação Lava Jato, a indenização aos cofres públicos é a maior já estabelecida em um Termo de Compromisso de Cessação (TCC), que suspende o processo administrativo contra a empresa em troca da confissão de culpa. Este também é o primeiro acordo de cessação de conduta na investigação de cartel em licitações da Petrobras.


O acordo negociado pela Superintendência-Geral do Cade envolve, além da construtora, o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, e o ex-vice-presidente da empresa, Eduardo Hermelino Leite. Avancini contribuiu para comprovar a participação da Odebrecht e da Andrade Gutierrez no esquema de cartel das empreiteiras, em um acordo de delação premiada com a Justiça. Em nota, a construtora afirmou que o acordo "é consequência da decisão da Administração da empresa de colaborar com as investigações para identificar e sanar irregularidades, além de seguir aprimorando seus programas internos de controle e compliância".A Camargo Corrêa é a segunda empresa envolvida no suposto cartel que confirma a irregularidade. Em março, a Setal/SOG já havia fechada o acordo de leniência.