Proposta da EI balança clubes e ameaça exclusividade da Globo no futebol

O Esporte Interativo promete criar uma grande revolução no futebol brasileiro. Antes absoluta no mercado e nas negociações com os clubes, a Globo vem perdendo força e agora tem o EI como forte e principal concorrente nas negociações de transmissão do Campeonato Brasileiro.

A Globo ainda tem contrato com os clubes até 2018, mas a partir desta data alguns clubes já podem negociar com outras empresas, diferentes contratos para a transmissão de suas partidas.

Um deles é o Bahia, que negocia com o canal. Através da sua conta no Twitter, o vice-presidente do clube, Pedro Henriques afirmou que "conversas envolvem bom número de clubes e evolui bem e que os valores da proposta da Turner são, de fato, muito bons, mas não correspondem ao que vem saindo na imprensa”.

A princípio a proposta da Turner, empresa dona do EI, seria de R$ 600 milhões anuais aos clubes, fim dos jogos às 22 horas e uma cláusula “anti-Corinthians”: ou seja, uma maior mistura entre os clubes que jogariam em horários nobres. Além disso, o valor da divisão financeira obedeceria um critério parecido com a Premier League, da Inglaterra. 50% de forma igualitária, 25% de acordo com desempenho técnico e outros 25% a partir da audiência.

“É bom lembrar que embora o aspecto financeiro seja muito relevante, um contrato desse tipo envolve muitos detalhes que precisam ser analisados”, reafirmou Henriques no Twitter.

O Esporte Interativo teria um acordo já com Atlético (PR) e Coritiba. O Santos seria o próximo clube a fechar com o canal. O Bahia ainda não assinou oficialmente e Grêmio, Inter, São Paulo, Santa Cruz, Fluminense e Flamengo estão em negociações. A intenção do canal é fechar um acordo com no mínimo oito clubes para poder transmitir os jogos já em 2019. Mas as transmissões a princípio só aconteceriam com clubes fechados com o canal.