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Bahia promete levar caso VR3 para a Corte Arbitral do Esporte; Vitória desdenha
O Vitória foi campeão baiano, já joga a Série A, e o que era ter terminado no dia 8 de maio ainda não acabou. O caso da suposta escalação irregular do zagueiro Victor Ramos ainda vai levar a dupla Ba-Vi para os tribunais. “Até para a Corte Arbitral do Esporte na Suiça, se for necessário”, garante o assessor jurídico do Bahia, Vitor Ferraz. Em tom de desabafo, o presidente rubro-negro Raimundo Viana foi contundente. “Eles podem ir para Fifa, para o Papa, para o ‘raio que o parta’. As instâncias responsáveis já colocaram um ponto final. Eles estão pensando o quê?”, rebateu [Leia mais...]

Foto: Felipe Oliveira/Divulgação
O Vitória foi campeão baiano, já joga a Série A, e o que era ter terminado no dia 8 de maio ainda não acabou. O caso da suposta escalação irregular do zagueiro Victor Ramos ainda vai levar a dupla Ba-Vi para os tribunais. “Até para a Corte Arbitral do Esporte na Suiça, se for necessário”, garante o assessor jurídico do Bahia, Vitor Ferraz.
Em tom de desabafo, o presidente rubro-negro Raimundo Viana foi contundente. “Eles podem ir para Fifa, para o Papa, para o ‘raio que o parta’. As instâncias responsáveis já colocaram um ponto final. Eles estão pensando o quê?”, rebateu.
Entenda o caso Victor Ramos
Segundo o 3º parágrafo do art. 20 do regulamento do Baiano, em transferências internacionais, independentemente do protocolo dos documentos de registro e inscrição, o atleta só teria condição legal de jogo após a concessão da transferência pela CBF e se o nome estiver incluído no BID até às 19h do dia 16 de março. No entanto, o de Victor Ramos só foi registrado no dia 18.
A partir daí, cabia à CBF comprovar que a transferência do zagueiro foi nacional, mesmo ele estando filiado ao Monterrey (MEX). Como o jogador estava emprestado ao Palmeiras, a CBF sustenta que foi uma transação interna e não desrespeitaria o regulamento.
Bahia insiste que houve descumprimento e fala em “má interpretação” e buscar verdade
Para o Bahia, que garante “não perseguir o Vitória, mas, sim, ir em busca da verdade”, aconteceram vários descumprimentos de diversos dispositivos do regulamento de transferência da Fifa.
“Inclusive, a resposta da Fifa não diz que a transferência foi nacional. O documento no qual o Superior Tribunal de Justiça Desportiva [STJD] baseou o arquivamento do processo só informa que foi feita no âmbito nacional, mas não faz juízo de ser uma transferência nacional”, explica.
Na semana passada, o STJD havia arquivado o processo depois que a Fifa enviou um documento afirmando que a transferência seria de fato nacional, o que acabaria com qualquer celeuma. “Houve uma má interpretação do documento da Fifa. E, aliás, até agora aconteceu uma série de arquivamentos. Não teve um julgamento do caso”, bradou Vitor Ferraz.
“Atitudes predatórias e irresponsáveis”
O presidente do Vitória se queixa de falta de “cortesia” do Bahia — “sempre tivemos boa convivência” — e se diz triste. “Aguardamos pacientemente o parecer de todas as instâncias responsáveis, mas a indignação é grande. Quem deu condição ao jogador não fomos nós, foi a CBF”, afirmou Viana.
“Vamos exaurir todas as possibilidades para adotar as medidas cabíveis devido aos danos morais que sofremos com atitudes predatórias e irresponsáveis contra o bom conceito do nosso clube”, criticou.
O Vitória havia afirmado que iria processar o tricolor por litigância de má-fé, quando há alteração de fatos e uso do processo legal para se alcançar um objetivo considerado ilegal.
“Vitória agiu com transparência”
Apesar da insistência do Bahia no caso, o presidente Raimundo Viana se diz muito tranquilo com relação a qualquer possibilidade de Victor Ramos ter sido escalado de maneira irregular.
“Aguardamos o ‘ok’ das instâncias responsáveis para colocar o jogador em campo. Fomos até intimidados sobre a utilização dele na Copa do Brasil. Tenho total confiança de que o Vitória agiu com total transparência e lisura sobre esse assunto. Ponto”, encerrou Viana.
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