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Comitê vai investigar corrupção em escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica
O Comitê Olímpico Internacional (COI) vai investigar uma possível corrupção na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Em reportagem divulgada nesta sexta-feira (3) pelo jornal francês Le Monde, pessoas envolvidas na eleição realizada em 2009 receberam diversos tipos de propina. [Leia mais...]

Foto: Ricardo Stuckert/PR
O Comitê Olímpico Internacional (COI) vai investigar uma possível corrupção na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Em reportagem divulgada nesta sexta-feira (3) pelo jornal francês Le Monde, pessoas envolvidas na eleição realizada em 2009 receberam diversos tipos de propina.
A reportagem aponta que, entre os principais nomes envolvidos, estão Lamine Diack, ex-presidente da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) e o filho Papa Diack. Papa teria recebido US$ 1,5 milhão (R$ 4,73 milhões na cotação atual) em propinas. O apontado por repassar o dinheiro é Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como o "Rei Arthur", é investigado na "Operação Calicute", operação que é um braço da Lava Jato no Rio de Janeiro e que levou à prisão do ex-governador Sérgio Cabral.
Outro que teria se beneficiado é Frankie Fredericks. O ex-corredor da Namíbia foi um dos escrutinadores do Comitê Olímpico Internacional em Copenhague, local da eleição. "O COI já está ciente das sérias alegações feitas pelo jornal francês Le Monde com respeito à votação para escolher a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016. O COI é parte interessada (Partie Civile) nos processos em andamento na Justiça Francesa contra o ex-presidente da IAAF Sr. Lamine Diack e o seu filho Papa Massata Diack, então consultor de marketing da IAAF. O COI segue totalmente comprometido em esclarecer esta situação, trabalhando em cooperação com o promotor, Esta cooperação já levou ao afastamento de Lamine Diack. Ele, que era membro honorário do COI, não exerce nenhuma função desde 2015. O COI entrará em contato com a as autoridades judiciais francesas novamente para receber informações nas quais o artigo do Le Monde parece estar baseado", afirmou Mark Adams, porta-voz do COI, em entrevista ao portal UOL Esporte.
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