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Sete meses depois de assumir o Leão, Ivã de Almeida se afasta do cargo após gestão desastrosa

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Sete meses depois de assumir o Leão, Ivã de Almeida se afasta do cargo após gestão desastrosa

Sob o comando de Ivã, o Vitória ganhou o cada vez menos importante Campeonato Baiano, mas passou por vexames na Copa do Brasil, foi eliminado da Copa do Nordeste pelo Bahia e já flerta com a Série B de 2018 sem nem ter acabado o primeiro turno da Série A de 2017. Na zona de rebaixamento há sete rodadas, o clube fez apostas em atletas muito longe do auge e não acertou em quase nenhuma das contratações que fez [Leia mais...]

Sete meses depois de assumir o Leão, Ivã de Almeida se afasta do cargo após gestão desastrosa

Foto: Mauricia da Matta/ecvitoria

Por: Felipe Paranhos no dia 20 de julho de 2017 às 08:21

Atualizado: no dia 20 de julho de 2017 às 08:41

“Olá, torcida do Vitória. Eu sou Ivã de Almeida. Nossa proposta é transformar o futebol do Vitória. Estamos trazendo profissionais competentes para organizar o clube e dar uma grande arrancada no nosso futebol. Precisamos contar com vocês do nosso lado. Venha conosco!”. Foi assim que o então candidato à presidência se apresentou ao torcedor rubro-negro na campanha de 2016. E, após sete meses desastrosos no poder, Ivã pediu, na quarta (19), afastamento do clube por 90 dias.

Sob o comando de Ivã, o Vitória ganhou o cada vez menos importante Campeonato Baiano, mas passou por vexames na Copa do Brasil, foi eliminado da Copa do Nordeste pelo Bahia e já flerta com a Série B de 2018 sem nem ter acabado o primeiro turno da Série A de 2017. Na zona de rebaixamento há sete rodadas, o clube fez apostas em atletas muito longe do auge e não acertou em quase nenhuma das contratações que fez.

Isolado, presidente recorreu a oposicionista
Antes de decidir se afastar, Ivã de Almeida chegou a contatar Ricardo David, candidato derrotado nas últimas eleições, para que ele assumisse a gestão geral do clube. Havia, inclusive, a expectativa de que David aceitasse o convite, mas, em um áudio divulgado à torcida rubro-negra nas redes sociais, o ex-diretor de marketing do clube negou a proposta. “Esse contato me causou estranheza, e eu jamais aceitaria participar da gestão do Vitória sob a presidência de Ivã. Nada contra a pessoa dele, mas ao seu modelo de gestão”, afirmou.

“Ele não atende telefone”
Na última quarta-feira (19), o vice-presidente do Leão, Agenor Gordilho, anunciou seu afastamento “por incompatibilidade com o presidente”. “Um presidente que a gente não vê no clube, que não comparece, deixa a gente com dificuldade para tomar decisões”, criticou, em entrevista ao site Globoesporte.com. Gordilho, porém, é o próximo na linha de sucessão e vai voltar ao Vitória. Ele acusou Ivã de não se dedicar adequadamente ao clube. “Ele não atende telefone, a gente tinha dificuldade até para a assinatura de regularização de atletas, de mandar office-boy ir atrás dele”, falou.

Gordilho assume: “Amo o clube”
A saída de Ivã de Almeida vinha sendo cotada há alguns meses e ganhava força dia após dia. Na semana passada, alguns dos principais nomes da oposição do clube, como Adhemar Lemos, Paulo Carneiro, Fábio Mota, Jorginho Sampaio e Alexi Portela, reuniram-se num restaurante para discutir os rumos do rubro-negro.
Novo presidente, ainda que temporariamente, Gordilho pediu o apoio da torcida: “Vou assumir o Vitória, até porque eu amo o clube. Fico como presidente até Ivã decidir o que fazer da vida dele. Não posso fugir da responsabilidade. Mas preciso do apoio do torcedor e também de quem perdeu a eleição. Todos precisam se unir. Temos muita chance no Brasileiro ainda, que não chegou nem na metade. Não vou jogar a toalha”, declarou, em entrevista ao jornal Correio.