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Em nota de repúdio, Aceb acusa Bahia de "cerceamento do trabalho" de jornalista: "Episódio imperdoável"

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Em nota de repúdio, Aceb acusa Bahia de "cerceamento do trabalho" de jornalista: "Episódio imperdoável"

A Associação de Cronistas Esportivos do Brasil (Aceb) publicou em seu perfil oficial no Facebook, nesta quarta-feira (30), uma nota de repúdio ao que classificaram como "cerceamento do trabalho do repórter Nilson Vasconcelos Cunha (Nilson Luís), da Rádio Itapoan FM, pela direção do Esporte Clube Bahia. [Leia mais...]

Em nota de repúdio, Aceb acusa Bahia de "cerceamento do trabalho" de jornalista: "Episódio imperdoável"

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Por: Laura Lorenzo no dia 30 de agosto de 2017 às 16:36

A Associação de Cronistas Esportivos do Brasil (Aceb) publicou em seu perfil oficial no Facebook, nesta quarta-feira (30), uma nota de repúdio ao que classificaram como "cerceamento do trabalho" do repórter Nilson Vasconcelos Cunha, da Rádio Itapoan FM, pela direção do Esporte Clube Bahia.

De acordo com a Associação, o Tricolor teria impedido que o radialista fizesse perguntas durante a coletiva com o técnico Preto Casagrande, após a partida entre o Bahia e o Botafogo, em que o Esquadrão perdeu por 2 a 1. A Aceb afirmou ainda que o jornalista foi "agredido verbalmente e constrangido pelos assessores de imprensa e dirigentes do clube".

"O episódio é um imperdoável retrocesso na história da crônica esportiva brasileira. A ACEB sempre defendeu de maneira intransigente toda e qualquer liberdade de expressão, ao mesmo tempo em que considera basilar a necessidade de assegurar que direitos sejam preservados e violações de qualquer natureza não afetem a integridade de nossos profissionais de imprensa", diz a publicação.

Confira a nota na íntegra.

"Nota de repúdio à diretoria do EC Bahia

A Associação de Cronistas Esportivos do Brasil – ACEB - declara publicamente o repúdio ao cerceamento do trabalho do repórter Nilson Vasconcelos Cunha (Nilson Luís), da Rádio Itapoan FM, da Bahia, por ocasião da entrevista coletiva do técnico Preto Casagrande, após a partida entre Bahia x Botafogo, em 27/08/2017. O episódio é um imperdoável retrocesso na história da crônica esportiva brasileira.

A ACEB sempre defendeu de maneira intransigente toda e qualquer liberdade de expressão, ao mesmo tempo em que considera basilar a necessidade de assegurar que direitos sejam preservados e violações de qualquer natureza não afetem a integridade de nossos profissionais de imprensa.

A direção do Esporte Clube Bahia, que tem na presidência o jornalista Marcelo Sant’ana, sem qualquer cerimônia, determinou que o radialista não fizesse pergunta ao treinador, momento em que o profissional foi agredido verbalmente e constrangido pelos assessores de imprensa e dirigentes do clube. Não pode ser este o procedimento de uma administração eleita sob a filosofia de transparência e ações democráticas.

Mesmo sem microfone, o repórter fez a pergunta ao técnico do Bahia, mas o treinador Preto Casagrande foi proibido pelos dirigentes de respondê-la.

A mordaça imposta ao radialista só pode ser justificada pela tentativa de cercear um profissional que não obedece pauta imposta por dirigentes de qualquer natureza.

Pela sua importância no contexto do estado de direito, como sustentáculo da democracia, a imprensa não pode seguir sem o mínimo de proteção e, fundamentalmente, sem a devida liberdade e independência para bem cumprir com o seu mister."