
Esportes
Agentes de Escudero negam versão do jogador: 'pegos de surpresa'
O comunicado, assinado por Rafael Carvalho, Jorge Wagner e Raphael Pitombo, membros da Salvador Soccer, aponta que houve uma série de recuos por parte do atleta

Foto: Divulgação/ECV/Maurícia da Matta
A novela envolvendo a negociação entre o meia Damián Escudero e o Vitória, que foi finalizada ontem (3), ganhou mais um capítulo hoje (4). Uma nota divulgada pelos agentes do argentino envolvidos na transação desmentiu a versão dada pelo atleta sobre a existência de uma lesão, que impediu um acerto mais rápido com o rubro-negro. O comunicado, assinado por Rafael Carvalho, Jorge Wagner e Raphael Pitombo, membros da Salvador Soccer, aponta que houve uma série de recuos por parte do atleta na iniciativa de fechar um acordo com o Vitória.
"O atleta chegou em Salvador num sábado, antes do carnaval, e passou um total de 45 dias hospedado no Hotel Mercure, com todos os custos bancados integralmente pela nossa empresa, apenas assumindo ele os custos com alimentação e transporte, já que ficou constatada uma lesão na lombar que atrasou a sua recuperação em 15 dias, lesão esta que o atleta escondeu da nossa empresa e do clube, nos pegando de surpresa!", escreveram os agentes.
"Ressalte-se que o atleta tinha pleno e total conhecimento da proposta de 35 mil reais fixos mais produtividade, tanto ele quanto o agente José Luiz Galante, não sendo correto ele vir a público dizer que não sabia da proposta", acrescentam. Pelas redes sociais, Escudero se pronunciou e afirmou ontem que houve um acerto abaixo do que foi firmado anteriormente, o que contribuiu para a sua saída do clube.
Confira o comunicado dos agentes:
Nota de Esclarecimento:
Gostaríamos de esclarecer que o negócio entre Escudero e Vitória foi, desde o mês de dezembro/2018, conduzido pela nossa empresa. Inicialmente, o clube ofereceu 35 mil reais de salário mais produtividade por jogo e o atleta exigia 70 mil reais.
Não houve acordo.
No final de janeiro/2019, o atleta reduziu a pedida salarial para 50 mil reais mensais, mas o clube rejeitou a proposta e manteve os 35 mil reais mensais mais produtividade por jogo como proposta.
Também não houve acordo.
Em fevereiro/2019, quando o atleta não tinha mais clubes interessados, o agente José Luiz Galante (que o atleta nos informou não ser o seu agente, pois não tinha qualquer contrato assinado com o mesmo) nos informou que ele aceitaria a proposta de 35 mil reais fixos mais produtividade por jogo.
Ocorre que, neste momento, o presidente do Vitória não teve interesse em contratar o jogador sem que, antes, ele fizesse uma espécie de pré-temporada, solicitando que o atleta passasse 30 dias fazendo treinos no clube, sem qualquer custo para o Vitória, para após ser apresentada a proposta de 35 mil reais fixos de salário mais uma produtividade.
O atleta chegou em Salvador num sábado, antes do carnaval, e passou um total de 45 dias hospedado no Hotel Mercure, com todos os custos bancados integralmente pela nossa empresa, apenas assumindo ele os custos com alimentação e transporte, já que ficou constatada uma lesão na lombar que atrasou a sua recuperação em 15 dias, lesão esta que o atleta escondeu da nossa empresa e do clube, nos pegando de surpresa!
Ressalte-se que o atleta tinha pleno e total conhecimento da proposta de 35 mil reais fixos mais produtividade, tanto ele quanto o agente José Luiz Galante, não sendo correto ele vir a público dizer que não sabia da proposta.
Após alguns adiamentos solicitados pelo clube, tivemos uma reunião na última segunda-feira na qual o clube apresentou a proposta que o atleta já tinha conhecimento, de 35 mil reais fixos mais 2 mil reais de produtividade por jogo, sem luvas e com cláusula de rescisão de 1,5 milhão de reais.
O atleta aceitou inicialmente a proposta salarial, mas rejeitou a cláusula de rescisão de 1,5 milhão de reais e queria que o clube reduzisse para Zero, ou seja, ele queria sair de graça a qualquer momento, algo que Chico Salles afirmou expressamente não concordar!
Saímos do Barradao 23h, sem consenso, Escudero nos disse que iria “pensar”.
Na terça-feira, o atleta nos pediu para conversar pessoalmente com o presidente antes de termos uma reunião, algo que não nos opomos.
Após a reunião dele com o presidente, ficamos sabendo que o atleta havia aceitado a proposta com a cláusula de rescisão de 1,5 milhões de reais, mas agora queria Luvas de 50 mil reais!
Ou seja, ele alterou a pedida sem nos consultar antes!
Presidente aceitou o pedido e tentou viabilizar com propostas de Marketing, chamando o diretor de Marketing, Anderson Nunes, para nos ajudar.
Ficamos até 23:30h da terça-feira no Barradao aguardando o clube levantar os 50 mil reais que Escudero pediu de Luvas, mas não se chegou a um acordo com uma empresa que faria o patrocínio master.
Ao sair do Barradao, informamos a Escudero, no jantar, que cederíamos a nossa comissão de 22 mil reais a ele para que pudesse assinar o contrato, algo que ele concordou e fechamos ali o negócio, já que ele insistia em receber o dinheiro das Luvas na assinatura, se mostrando intransigente neste ponto.
Na quinta-feira, pela manhã, o presidente solicitou que ele fosse ao clube assinar contrato e resolver o registro com Mário Silva, pois Escudero havia perdido a sua Carteira de Trabalho.
Todavia, o atleta ao conversar com o presidente se chateou em saber que o clube só tinha condições de pagar a comissão (que seria nossa) em 2 parcelas de 11 mil reais, 1 na assinatura do contrato e outra no final do mês e, por conta própria, se retirou da sala e foi embora para o Hotel, sem sequer nos consultar a respeito, utilizando as redes sociais para divulgar que havia desistido do negócio.
Agora, numa atitude desrespeitosa e antiprofissional, quer colocar a culpa do seu insucesso no negócio no clube e nos intermediários.
Sabíamos desde o início que o negócio poderia acontecer ou não e, infelizmente, as partes não chegaram a um acordo.
Vida que segue.
Atenciosamente,
Salvador Soccer
(Rafael Carvalho, Jorge Wagner e Raphael Pitombo)
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