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Após registros recordes de temperatura em 2023, ONU informa novamente “alerta vermelho”

Internacional

Após registros recordes de temperatura em 2023, ONU informa novamente “alerta vermelho”

As altas temperaturas geram derretimento do gelo marinho e aquecimento dos oceanos

Após registros recordes de temperatura em 2023, ONU informa novamente “alerta vermelho”

Foto: Reprodução/Freepick

Por: Metro1 no dia 19 de março de 2024 às 17:10

Atualizado: no dia 19 de março de 2024 às 17:31

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou, nesta terça-feira (19), que em 2024 os principais recordes climáticos globais, já quebrados no ano anterior, podem ser ainda piores. A preocupação maior é o aquecimento dos oceanos e a redução do gelo marinho. 

Em um relatório anual sobre o estado climático global, a agência meteorológica da Organização das Nações Unidas (ONU) informa que as temperaturas médias atingiram o nível mais alto em 174 anos de documentação por margem clara, atingindo 1,45 °C acima dos níveis pré-industriais.

Além disso, as temperaturas dos oceanos, em 65 anos de dados, chegaram ao maior índice, registrando mais de 90% de mares que enfrentam condições climáticas quentes durante o ano. Segundo a OMM, essas condições prejudicam os sistemas alimentares. “A comunidade está soando o Alerta Vermelho ao mundo”, afirma a secretária-geral do órgão, Celeste Paulo. 

A secretária ainda ressalta que o quadro é quase que irreversível. “O que testemunhamos em 2023, especialmente com o calor sem precedentes dos oceanos, o recuo dos glaciares e a perda de gelo marinho na Antártida, é motivo de particular preocupação”, disse. Em 2023, as alterações climáticas, provocadas pela queima de combustíveis fósseis e o surgimento do padrão climático natural El Niño, levaram o mundo para um território recorde.

O relatório divulgado nesta terça-feira revelou uma redução drástica no nível de gelo marinho na Antártica, com um nível máximo de 1 milhão de quilômetros quadrados inferior ao registrado anteriormente, equivalendo a uma área do tamanho do Egito. As temperaturas mais altas dos oceanos afetam os delicados ecossistemas marinhos e muitas espécies de peixes fugiram desta área para o norte em busca de temperaturas mais frias.