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Documento revela que Israel sabia sobre ataque do Hamas que desencadeou guerra em Gaza
Internacional
Documento revela que Israel sabia sobre ataque do Hamas que desencadeou guerra em Gaza
O general da Inteligência Militar pediu demissão, assumindo a responsabilidade pelas falhas que levaram à invasão israelense

Foto: Reprodução/Youtube/Al Jazeera
Após oito meses do maior ataque terrorista em Israel, um documento foi divulgado esta semana pela emissora pública Kan News afirmando que as Forças de Defesa israelenses (IDF) sabiam do plano do Hamas para invadir o sul do país, atacar postos militares e kibutzim, e também sequestrar à força 251 homens, mulheres e crianças para Gaza.
O relatório realizado pela divisão especializada na Faixa de Gaza da IDF, começou a circular em 19 de setembro entre altos funcionários dos serviços de inteligência e, segundo a emissora, foi ignorado e concretizado, semanas depois, com a morte de 1.200 pessoas. O ataque foi o início da guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
No documento era descrito detalhadamente os exercícios realizados por unidades de elite do Hamas, incluindo ataques simulados a um posto do Exército na fronteira, além de instruções específicas para o tratamento de soldados e reféns.
Três semanas depois, as soldadas Yael Rotenberg e Maya Desiatnik, sobreviventes ao ataque, relataram ter alertado seus comandantes sobre os exercícios que observaram na fronteira, que se intensificava com frequência. A resposta para ambas, foi que o relato não era importante e não havia nada que pudesse ser feito a respeito.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem adiado as investigações sobre os erros que levaram ao massacre para depois da guerra — que não tem data para terminar, em Gaza.
O chefe da Diretoria de Inteligência Militar das Forças de Defesa de Israel, o general Aharon Haliva, apresentou a sua demissão, revelando a responsabilidade pelas falhas que levaram à invasão israelense. “A Direção de Inteligência sob o meu comando não cumpriu a sua tarefa. Carrego aquele dia negro comigo desde então, todos os dias, todas as noites. Suportarei para sempre a terrível dor da guerra”, escreveu em sua carta de demissão.
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