Barco com ativistas chega a Israel após ser interceptado; passageiros devem ser deportados

O barco Madleen, que transportava ajuda humanitária para Gaza, foi levado nesta segunda-feira (9) ao porto de Ashdod, em Israel, após ser interceptado pela Marinha israelense. A embarcação integrava a Flotilha da Liberdade e tinha a bordo a ativista sueca Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e outros dez tripulantes. O grupo tentava romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza, que enfrenta escassez de alimentos e remédios.

No X, o Ministério das Relações Exteriores de Israel publicou fotos de Greta Thunberg e Thiago Ávila. A pasta afirmou que eles e as outras pessoas que estavam na embarcação estão passando por exames médicos. Mais cedo, o órgão israelense havia informado que após o barco chegar ao porto, as pessoas a bordo seriam enviadas de volta aos seus países de origem. 

Além disso, o Ministério criticou a ação dos ativistas, chamando a embarcação de “iate das selfies”, e declarou que atravessar o bloqueio é “ilegal” e “prejudica esforços humanitários”. Já o Itamaraty cobrou a libertação dos tripulantes e defendeu o fim das restrições à entrada de ajuda em Gaza. A irmã de Thiago Ávila informou que ainda não teve contato com ele.

O caso aumentou a pressão internacional sobre o governo israelense. O presidente da França, Emmanuel Macron, classificou o bloqueio como “um escândalo” e “uma vergonha”, e pediu a reabertura de rotas humanitárias.