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Brasil volta a buscar diálogo com EUA após silêncio sobre tarifas

Internacional

Brasil volta a buscar diálogo com EUA após silêncio sobre tarifas

Governo Lula aguarda resposta a carta enviada há dois meses e articula frente com empresários para reverter medida

Brasil volta a buscar diálogo com EUA após silêncio sobre tarifas

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Por: Metro1 no dia 15 de julho de 2025 às 14:37

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta terça-feira (15) que os Estados Unidos ainda não responderam à tentativa de negociação feita pelo Brasil há dois meses, quando foi enviada uma carta confidencial ao presidente Donald Trump sobre a tarifa recíproca de 10% imposta a produtos brasileiros. Agora, diante do novo aumento — uma alíquota de 50% anunciada recentemente — o governo Lula vai tentar retomar o diálogo.

"Enviamos uma carta confidencial há dois meses sobre tratativas de acordo e de entendimento, mas não obtivemos resposta. O que nós vamos encaminhar é uma nova carta dizendo que aguardamos a resposta e continuamos empenhados em resolver este problema", declarou Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A fala ocorreu após reunião com representantes da indústria brasileira, que pediram a ampliação do prazo para o início da tarifa, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Também foi acordado que os empresários tentarão negociar diretamente com empresas norte-americanas importadoras e exportadoras, para tentar reverter a medida.

Segundo o governo, a tarifa deve encarecer os produtos brasileiros para os próprios consumidores dos EUA. “Nós queremos resolver o problema o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, disse Alckmin.

A reunião marcou o início dos trabalhos do comitê interministerial criado para coordenar a resposta brasileira à taxação. O grupo será liderado por Alckmin e contará com a participação dos ministérios da Fazenda, Casa Civil, Itamaraty e Secretaria de Relações Institucionais. A proposta é alinhar o discurso entre governo e setor produtivo antes da adoção de medidas concretas.