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Assembleia da ONU aprova criação de Estado Palestino; EUA e Israel votam contra

Internacional

Assembleia da ONU aprova criação de Estado Palestino; EUA e Israel votam contra

Resolução recebeu 142 votos favoráveis e pede fim imediato da guerra em Gaza

Assembleia da ONU aprova criação de Estado Palestino; EUA e Israel votam contra

Foto: UN Photo/Loey Felipe

Por: Metro1 no dia 12 de setembro de 2025 às 15:27

Atualizado: no dia 12 de setembro de 2025 às 15:34

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou nesta sexta-feira (12) uma declaração que defende “medidas tangíveis, com prazo determinado e irreversíveis” para a criação de dois Estados, Israel e Palestina. O texto recebeu 142 votos a favor, 10 contra e 12 abstenções.

A resolução é resultado de uma conferência internacional realizada em julho na ONU, organizada pela Arábia Saudita e pela França. Estados Unidos e Israel boicotaram o encontro e rejeitaram a votação, ao lado de países como Argentina, Hungria e Paraguai.

O documento condena os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, mas também critica a ofensiva israelense em Gaza, incluindo bombardeios contra civis, destruição de infraestrutura, bloqueio e fome, que resultaram em uma “catástrofe humanitária devastadora”. A declaração ainda defende o envio de uma missão internacional temporária de estabilização, a ser mandatada pelo Conselho de Segurança da ONU.

Para o chanceler francês, Jean-Noel Barrot, a aprovação isola o Hamas: “Pela primeira vez hoje, as Nações Unidas adotaram um texto condenando-o por seus crimes e pedindo sua rendição e desarmamento”, afirmou.

EUA e Israel criticaram duramente a decisão. O diplomata americano Morgan Ortagus disse que a resolução é “um presente para o Hamas” e que prejudica negociações de paz. Já o porta-voz do Itamaraty israelense, Oren Marmorstein, classificou a Assembleia como “um circo político”, destacando que o texto não menciona o Hamas como organização terrorista.

O ataque do grupo palestino em 2023 deixou 1.200 mortos e 251 reféns, segundo Israel. Desde então, mais de 64 mil pessoas foram mortas em Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais.