Saiba como a imprensa internacional repercutiu a sanção dos EUA sobre a esposa de Moraes

A informação da decisão do governo americano de sancionar a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com punições previstas pela Lei Magnitsky. repercutiu internacionalmente. 

O jornal americano Washington Post se refere à sanção como o marco de “uma escalada na disputa diplomática entre o presidente Donald Trump, um aliado de Bolsonaro, e o governo brasileiro". O jornal completou afirmando que o presidente americano vem “tentando retratar Moraes como um opressor da liberdade de expressão"

“Trump, que também foi acusado de tentar permanecer no poder após uma derrota eleitoral, tentou pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para retirar as acusações contra Bolsonaro. Mas Moraes se recusou a ceder ao governo Trump, dizendo ao The Washington Post em uma rara entrevista no mês passado que não havia nenhuma chance de ele recuar 'nem um milímetro' diante da pressão de Trump", escreveu.

O jornal espanhol El País disse que a esposa de Moraes aparece ao lado de criminosos internacionais na lista de sancionados pelos EUA. 

“Se junta assim ao clube internacional de violadores de direitos humanos sancionados, onde seu marido foi incluído em julho e ao qual acabam de se juntar ninguém menos que os Mayos, uma poderosa facção do cartel de Sinaloa, e dois islâmicos sudaneses com conexões com o Irã", afirma o jornal.

A rede Al Jazeera disse que os advogados dos sancionados vão buscar recursos contra as decisões, mas que "juristas dizem que suas chances de sucesso são remotas".