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Secretário dos EUA diz que é preciso “consertar” o Brasil em relação ao comércio internacional

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Secretário dos EUA diz que é preciso “consertar” o Brasil em relação ao comércio internacional

Howard Lutnick afirmou que o país, junto a outras nações, prejudica os Estados Unidos e precisa “reagir corretamente”

Secretário dos EUA diz que é preciso “consertar” o Brasil em relação ao comércio internacional

Foto: Haddad Media- Governo EUA

Por: Metro1 no dia 28 de setembro de 2025 às 14:33

Atualizado: no dia 28 de setembro de 2025 às 15:26

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, declarou que o Brasil precisa ser “consertado” para deixar de prejudicar os interesses americanos. A fala foi feita em entrevista divulgada neste sábado (27), durante uma análise dos desafios comerciais enfrentados pelo governo norte-americano.

“Temos um monte de países para consertar, como Suíça e Brasil. Eles têm um problema. Índia. Esses são países que precisam reagir corretamente aos Estados Unidos. Abrir seus mercados, parar de tomar ações que prejudiquem os Estados Unidos, e é por isso que estamos em desvantagem com eles”, disse o secretário.

Além do Brasil, que desde agosto já sofre uma tarifa de 50% sobre alguns produtos exportados aos EUA, os demais países citados por Lutnick serão incluídos na nova rodada de tarifas anunciada por Donald Trump.

A partir de 1º de outubro, entram em vigor cobranças extras que variam de 25% a 100% sobre medicamentos, caminhões pesados, móveis e utensílios domésticos. Entre os principais afetados estão Irlanda, Suíça, Austrália, Coreia do Sul, Reino Unido, Índia, México, Alemanha, China e Japão. Segundo Trump, a medida busca proteger a indústria local e garantir a “segurança nacional” diante da alta quantidade de importados.

Lutnick ainda destacou que parte da disputa comercial está relacionada ao déficit dos EUA com determinados países, citando como exemplo a Suíça. “Um país pequeno como a Suíça tem um déficit comercial de US$ 40 bilhões com os EUA. Sabe por que eles são um pequeno país rico? Porque nos vendem US$ 40 bilhões a mais em produtos”, afirmou.

Para o secretário, não haverá flexibilização: as nações terão de se adaptar às medidas impostas pela Casa Branca. “Estes países precisam entender que, se querem vender para os consumidores americanos, é preciso ‘jogar bola’ com o presidente dos Estados Unidos”, concluiu.