O Mercosul aprovou a criação de uma comissão permanente para coordenar estratégias de combate ao crime organizado nos países do bloco. A decisão foi tomada em Foz do Iguaçu, durante reuniões preparatórias para a cúpula presidencial, e envolve Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia, com foco especial na atuação de facções transnacionais e no fortalecimento da segurança nas fronteiras.
A nova instância terá como função articular ações conjuntas entre órgãos como ministérios da Justiça, polícias e Ministérios Públicos, além de promover o compartilhamento de informações e a integração de operações. Também foi firmado um acordo específico para intensificar o enfrentamento ao tráfico de pessoas, ampliando o escopo da cooperação regional em segurança pública.
O tema ganhou centralidade diante do avanço do crime organizado na América do Sul e da pressão internacional por respostas coordenadas ao narcotráfico. A iniciativa dialoga ainda com agendas nacionais dos países-membros, que enfrentam crescimento da violência associada a facções e buscam soluções multilaterais para crimes que ultrapassam fronteiras.



