
Internacional
Venezuela acusa EUA de “extorsão” e critica bloqueio naval na ONU
Reunião no Conselho de Segurança expõe tensão entre Caracas e Washington, com críticas de Rússia e China às sanções e ao bloqueio naval dos EUA

Foto: Canva Imagens
A Venezuela acusou os Estados Unidos de praticarem “extorsão” e de tentarem transformar o país em uma “colônia” por meio do bloqueio a petroleiros em sua costa. A denúncia foi feita durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, realizada na terça-feira (23), a pedido do governo venezuelano, em meio ao aumento da pressão de Washington sobre o regime de Nicolás Maduro.
Durante o encontro, o representante permanente da Venezuela na ONU, Samuel Moncada, classificou a ação americana como um “crime de agressão em desenvolvimento”, afirmando que o bloqueio não tem base legal nem precedentes históricos. Segundo ele, a medida busca retroceder “200 anos na história” para submeter a Venezuela a um controle externo.
Em resposta, o embaixador dos Estados Unidos na ONU, Mike Waltz, afirmou que o país seguirá aplicando sanções “no nível máximo” contra Caracas. De acordo com ele, o objetivo é impedir que Maduro utilize recursos do petróleo para financiar o chamado Cartel de los Soles, organização criminosa que, segundo Washington, seria liderada pelo presidente venezuelano, acusação negada pelo governo do país. Waltz afirmou ainda que os petroleiros sancionados representam a principal fonte de sustento econômico do regime.
Aliados de Maduro saíram em defesa da Venezuela durante a sessão. A Rússia classificou o bloqueio como “ilegal” e alertou que a ação pode abrir precedente para intervenções futuras contra países da América Latina. A China também criticou a postura dos EUA, enquanto autoridades venezuelanas denunciaram uma “atitude de intimidação”, em um contexto de crescente militarização do Caribe por parte de Washington.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.

