Procuradoria pede 10 anos de prisão a ex-presidente da Coreia do Sul após lei marcial

A Procuradoria Especial da Coréia do Sul solicitou, nesta sexta-feira (26), uma pena de 10 anos de prisão para o ex-presidente Yoon Suk Yeol. Ele é acusado de tentar impedir sua prisão em janeiro deste ano, quando ele se abrigou no complexo presidencial com barricadas durante uma operação com mais de mil agentes. 

Depois da tentativa de impor a lei marcial no país, Yoon Suk Yeol foi, em abril, destituído do cargo de presidente pelo Tribunal Constitucional, que confirmou o impeachment aprovado pelo Parlamento. A suspensão temporária do regime civil no país por Yeol foi uma medida inédita em mais de quatro décadas e desencadeou uma série de protestos no país.

Desde que foi destituído, Yeol passou a responder a diversos processos judiciais ligados à decretação da lei marcial. Além da acusação de obstrução, os promotores apontam que Yoon divulgou informações falsas à mídia estrangeira e não tomou as medidas necessárias para convocar os membros de seu gabinete antes de anunciar a lei marcial.

A expectativa é que o Tribunal Distrital Central de Seul determine a sentença em 16 de janeiro.