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Artista baiano é destaque na bienal em Mali com trabalho sobre Maniçoba

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Artista baiano é destaque na bienal em Mali com trabalho sobre Maniçoba

Um artista baiano, radicado em Nova York, é um dos principais destaques da Bienal de Bamako no Mali, que vem acontecendo desde o final de outubro. Com formação em Arquitetura e Urbanismo, o multimídia Thiago Correia Gonçalves, que integra a comitiva que representa o Brasil, vem chamando a atenção dos visitantes e críticos pela qualidade do seu trabalho, cujo tema inusitado trata da Maniçoba, um dos mais tradicionais elementos da cultura do Recôncavo da Bahia. [Leia mais...]

Artista baiano é destaque na bienal em Mali com trabalho sobre Maniçoba

Foto: Divulgação

Por: Jolivaldo Freitas no dia 04 de novembro de 2015 às 15:28

Um artista baiano, radicado em Nova York, é um dos principais destaques da Bienal de Bamako no Mali, que vem acontecendo desde o final de outubro. Com formação em Arquitetura e Urbanismo, o multimídia Thiago Correia Gonçalves, que integra a comitiva que representa o Brasil, vem chamando a atenção dos visitantes e críticos pela qualidade do seu trabalho, cujo tema inusitado trata da Maniçoba, um dos mais tradicionais elementos da cultura do Recôncavo da Bahia. Ele está participando junto com os conceituados artistas Todd Lester e Jaime Lauriano.

Thiago vem apresentando uma série de performances, instalação e fotogravuras envolvendo o preparo da Maniçoba, prato típico baiano, e a "Trilha dos Maniçobeiros no Parque Nacional da Serra da Capivara". Com a realização desta refeição aborda fatos históricos da chegada do homem na América. 

Através da pesquisa de outros temas da cultura agreste e sertaneja, como os processos de conservação da carne de bode, suas obras buscam uma conexão antropológica entre arte, cultura e alimentação traçando de forma multiartística as ligações entre homem e a terra, comida e cultura. A questão do território e das formas de ocupação humana se apresenta poética e visualmente, abordando as recentes descobertas arqueológicas que comprovam a miscigenação ancestral dos índios asiáticos, vindos da Beríngia, com povos africanos que cruzaram o Atlântico muito antes do período colonial escravocrata no Brasil.

O tema deste ano da Bienal é “African Diaspora”. Além da comitiva brasileira também estarão presentes artistas importantes como Coco Fusco (Cuba/EUA), The Otolith Group (ENG) e Simon Gush (África do Sul). A Bienal de Bamako é organizada pelo Ministério da Cultura do Mali e pelo Institut Français e prossegue esta semana no Museu Nacional do Mali e em diversos locais pela capital.

Thiago Correia Gonçalves tem formação em Arquitetura e Urbanismo pela Escola da Cidade e já participou de exposições na Casa da Xiclet (São Paulo, 2007 e 2008), no Projeto Imóvel (Edifício Copan, São Paulo, 2011), Casa de Cultura Mário Quintana (Porto Alegre, 2013), Niklas Schechinger Gallery (Hamburgo/ALE, 2014), Memorial da América Latina (São Paulo, 2014), MASP (São Paulo, 2014), Galeria Península (Porto Alegre, 2014) Dox Center (Praga/CZECH, 2014) e Franzensfeste Fortezza (Alto Adige/ITA, 2015).