Quarta-feira, 19 de março de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Internacional

/

O que é o EI? Direto do Oriente Médio, correspondente da Metrópole responde

Internacional

O que é o EI? Direto do Oriente Médio, correspondente da Metrópole responde

Em 2015, as ações do grupo extremista Estado Islâmico tiveram diversas ações que tomaram conta dos noticiários em todo o mundo. Em Paris, 130 pessoas morreram em um ataque terrorista promovido pelo grupo em respostas aos bombardeios franceses nos territórios controlados pelo EI na Síria. O correspondente da Rádio Metrópole no Oriente Médio, André Teixeira, tentou desvendar os motivos que levam o Estado Islâmico a cometer todas as atrocidades ao redor do mundo. Confira: [Leia mais...]

O que é o EI? Direto do Oriente Médio, correspondente da Metrópole responde

Foto: Reprodução

Por: Matheus Simoni no dia 10 de dezembro de 2015 às 18:48

Em 2015, as ações do grupo extremista Estado Islâmico tiveram diversas ações que tomaram conta dos noticiários em todo o mundo. Em Paris, 130 pessoas morreram em um ataque terrorista promovido pelo grupo em respostas aos bombardeios franceses nos territórios controlados pelo EI na Síria. O correspondente da Rádio Metrópole no Oriente Médio, André Teixeira, tentou desvendar os motivos que levam o Estado Islâmico a cometer todas as atrocidades ao redor do mundo. Confira: 

Estivemos nesta quinta feira com o professor Uzi Rabi, título máximo da Universidade de Tel Aviv, que estuda os conflitos no Oriente Médio e o Estado Islâmico. Rabi respondeu a várias perguntas dos profissionais, entre elas: Porque a ISIS surgiu com tamanha força no mundo? 

Segundo o historiador, a formação de vários estados - com o fim do império Otomano - e que não são reconhecidos pelo Islã - já que foram criados pelas potências ocidentais, sobre tudo Inglaterra e França, esta entre as causas que mudaram completamente a nova ordem na região. A Síria não existe mais. E o Iraque tem toda sua reserva de petróleo dominada por extremistas sunitas. 

Então, pergunta-se: O que os EUA vão fazer sem o petróleo? Subestimaram a força dos clãs e o poder de Alá sobre estes povos. Para os extremistas islâmicos a vida começa depois da morte, diferente do pensamento ocidental, quando a morte é fim da vida. E este conceito muda completamente a ideia da plenitude. Morrer é viver. O passado é mais importante que o presente e o futuro. Por tanto são pensamentos distintos. Onde é proibido falar de política ou ouvir música que não seja religiosa. Os conceitos ocidentais não existem, muito menos a democracia. É a Síndrome da profetização. Onde milhões de homens, mulheres e crianças vivem e pensam como se estivessem no século sétimo depois de cristo com os braços no século 21. E só vão parar quando parte da África, Portugal, Ásia e oriente médio formarem uma nação. E esta é a ideia central da ISIS: A construção de um Estado Islâmico. Autêntico. Porque está baseado no Al Corão. Estamos falando de uma organização que não aceita valores do ocidente. Que tem sua cultura, educação e ideologia. Por tanto, se sou um mulçumano, e canto musicas americanas não canto para Alá. É um país religioso. E segue seguramente a mesma regra Cristã: não há outro deus que não o senhor.

Basta repetir três vezes para se converter ao Islã: Não há outro Deus que não Alá. É o que está escrito em Árabe na bandeira negra da ISIS. É uma cultura Teocêntrica. É um movimento apocalíptico. Não existem Jordânia, Líbano ou Palestina. A Arábia Saudita é agente dos EUA assim como Israel. E segundo os extremistas, tudo isso vai chegar no dia do Armagedon, numa batalha que começará no que hoje se chama Síria.