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OSBA mostra atemporalidade da música clássica ao comemorar 40 anos
Sintonia entre instrumentos e musicistas marcaram brilhantemente a noite, reinventando a música erudita
Foto: Júlia Britto
Reportagem publicada originalmente no Jornal Metropole em 5 de outubro de 2022
“A música clássica é aquela que permanece, pois o clássico é permanente.” Foi desta forma que a música clássica na Bahia mostrou sua elegância atemporal no concerto em comemoração aos 40 anos da OSBA, Orquestra Sinfônica na Bahia. Com um estilo “clássico-contemporâneo”, o concerto levou aos soteropolitanos a oportunidade de apreciar esse gênero pouco divulgado, dando um toque anacrônico aos dias atuais.
A apresentação ocorreu nesta sexta (30) no TCA, com regência do maestro Carlos Prazeres, presente na Orquestra desde 2011, além do solo do pianista paulista Lucas Thomazinho. No programa especial, foi estreada a obra “ZARATEMPO: descer pra ver!”, do compositor e professor baiano Paulo Costa Lima, ocupante da 21.ª cadeira da Academia Brasileira de Música.
Mistura de clássicos como Franz Liszt e Béla Bartók com composições baianas marcou a noite com uma mistura rítmica atípica, elevando a vibração do público. Para celebrar quatro décadas, a camisa comemorativa juntou as palavras “Osba” e “barril”, criando a estampa “osba/rril”, fazendo uma ponte entre o clássico e contemporâneo, rompendo com o “imutável” no mundo da música.
A OSBA é a segunda Orquestra Sinfônica criada na Bahia, fundada em 1982 como uma companhia estadual que integra os corpos artísticos do Teatro Castro Alves. A primeira foi a Orquestra Sinfônica da Escola de Música, atual OSUFBA, fundada em 1954 com os primeiros Seminários Livres de Música promovidos pelo Reitor Edgar Santos, regida por H.J. Koellreutter, e que por dois anos foi composta somente por um grupo de cordas.
A música erudita na Bahia vem se reinventando desde grandes compositores como Vivaldo Ladislau Conceição, Manoel Zeferino dos Santos, passando pelos agudos de Alexandrina Ramalho, chegando à pluralidade de Paulo Costa Lima, e mostrando que história e música caminham lado a lado.
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