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O fantasma do pé esquerdo: Depois de empolgar no 1º turno, Bahia indica que pode repetir desempenhos de 2019 e 2024
Depois de empolgar torcida e imprensa, Bahia acumula eliminações e dá sinais de que pode reviver a sina do passo em falso no segundo turno
Foto: Letícia Martins/ EC Bahia
Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 18 de setembro de 2025
As duas últimas derrotas do Bahia, contra o Cruzeiro e Fluminense, trouxeram de volta a assombração do pé direito, mas aquele que vem seguido do pé esquerdo pisando em falso ladeira abaixo. Para os mais novos, o fantasma já deu as caras em 2019 e 2024, quando o Tricolor de Aço começou ganhando muito, com desempenho acima do esperado na primeira metade do ano. Deixou a torcida sonhar com as primeiras colocações e até um título de expressão. Mas o segundo passo foi digno de fundo do poço: com um último semestre de eliminação em todas as competições, sequências de derrotas inesperadas e recuo na tabela do Brasileirão.
O fantasma que atacou o clube nessas duas ocasiões ainda apavora a torcida, especialmente quando há o risco da tônica se repetir em 2025, o ano de maior potencial do Bahia. As quatro derrotas e os cinco empates em 19 partidas neste semestre são suficientes para o terror. Afinal, o Tricolor começou o ano sendo até destacado por jornalistas da imprensa do eixo Rio-São Paulo como "o melhor futebol do país", com altas expectativas de chegar longe na Libertadores, ganhar uma Sul-Americana ou Copa do Brasil, mas acabou novamente eliminado de todas essas competições. E conformando-se, ao menos, com a Copa do Nordeste.
A campanha da Libertadores é um exemplo da sequência de pé direito e esquerdo do Bahia. Iniciou com o ensejo de uma classificação para a fase de grupos, chegou a liderar o "grupo da morte", mas foi eliminado com uma sequência de derrotas. A Sul-Americana parecia uma competição acessível para o time, mas caiu no primeiro confronto. O clube venceu a partida de ida contra o Fluminense e, pela primeira vez na sua história, poderia se classificar para as semis, mas foi dominado e chutado para fora do Rio de Janeiro. Resta a quinta colocação no Brasileirão para acalmar os anseios dos tricolores, afinal, não dá para um projeto bilionário se apoiar somente em Campeonato Baiano ou Copa do Nordeste.
Histórico fantasmagórico
É quase impossível, para o torcedor, olhar as eliminações precoces e derrotas intragáveis de 2025, e não remontar o fatídico 2019, quando aquela equipe terminou o primeiro turno em sétimo colocado, derrotando o São Paulo em pleno Morumbi na Copa do Brasil, e emendando a sequência de jogos a partir da 23ª rodada do Brasileirão com 8 derrotas, 6 empates e apenas 2 vitórias. O Esquadrão conquistou, com todos os méritos, sua desclassificação para a Libertadores ao atingir a incrível marca de nove jogos sem vencer, e foi eliminado pelo Grêmio na Copa do Brasil.
A classificação para a Libertadores em 2024, após 36 anos, até salvou o que poderia ser o ano mais frustrante do Tricolor. Afinal, com as contratações estreladas feitas pelo Grupo City e o desempenho apresentado pela equipe de Rogério Ceni na primeira metade da temporada, era de se esperar que o clube fosse consolidado nas primeiras colocações. O Bahia realmente esteve entre os melhores por boa parte do campeonato, mas como de praxe, sucumbiu para o fantasma do pé esquerdo.
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