Justiça
Após anulação de condenações de Lula, Dallagnol fala em 'amplos retrocessos no combate à corrupção'
Procurador se manifestou nas redes sociais na noite de segunda-feira (8)
Foto: Bruno Tadashi/Fecomércio-PR
O procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallagnol, ex-coordenador da extinta força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, se manifestou após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato. Em um post no Twitter, feito na noite de ontem (8), ele afirmou que "é preciso abrir os olhos para os amplos retrocessos que estão acontecendo no combate à corrupção".
"É preciso abrir os olhos para os amplos retrocessos que estão acontecendo no combate à corrupção, decidir se queremos ser o país da impunidade e da corrupção, que corre o risco de retroceder 20 anos no combate a esse mal, ou um país democrático em que impere a lei", disse.
Entre os retrocessos, ele cita o fim da prisão em segunda instância, além de novas regras que, segundo Dallagnol, dificultam investigações e condenações. Outro "retrocesso" estaria em propostas que desfiguram a lei de lavagem de dinheiro e improbidade administrativa.
Dallagnol ainda criticou o sistema judiciário por, segundo ele, rediscutir e "redecidir" o mesmo caso dezenas de vezes e favorecer a anulação de processos criminais.
Hoje, o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações do ex-presidente Lula na Lava Jato, por entender que seus processos deveriam correr em Brasília e não em Curitiba. É preciso dizer três coisas sobre isso. https://t.co/7rGot5abqv
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) March 8, 2021
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