
Justiça
Produtora relembra agressão de cantora e denuncia impunidade: "Dois anos vendo ela tripudiar"
Vítima do caso ocorrido em 2019 ainda sofre com traumatismo craniano grave e diz que agressora foge da Justiça

Foto: Reprodução/Redes Sociais
No final de outubro, uma denúncia de agressão vai completar dois anos e segue ainda sem desfecho. Margareth Reali, de 47 anos, produtora do maestro Wagner Tiso, conta ter sido vítima de um ataque por uma cantora natural da Bahia, Karoline Guaitolini, que atende pelo nome artístico ‘Guai’. O caso aconteceu no dia 28 de outubro de 2019. A suspeita teria ido ao Portugal para fugir do processo sobre o caso, que ainda tramita na Justiça, em outubro de 2021.
Ao Metro1, Margareth relatou que a artista não conseguiu o que desejava e descontou a sua raiva na produtora, que ficou internada durante uma semana após o caso. Hoje, ela ainda sofre com um traumatismo craniano grave e continua a sua luta para que a justiça seja feita.
“Essa cantora é da Bahia, mas ela estava em São Paulo. Foi depois de um show de Tunai, ainda vivo, e Wagner Tiso, no Sesc. Eles queriam sair para jantar tranquilamente e ela é do tipo que incomoda as pessoas, então eles pediram educadamente para ela sair. Resolvido isso, o carro que foi buscá-los parou errado porque não tinha lugar para estacionar, então tinha que sair rapidamente. De repente, ela veio com um ‘bolo’ de LPs de um colecionador, jogou tudo em cima do Tunai e falou para ele assinar. Então peguei os LPs do colo dele e disse que, infelizmente, não ia dar”, diz.
Depois da recusa, a cantora teria partido para a agressão, que deixou marcas que perduram em Margareth. “Quando eu devolvi [os LPs] para ela e estava voltando para o carro, senti um soco na cabeça. Logo depois, ela me puxou pelos cabelos, desci até o chão. Lá, ela levantou a minha cabeça e tentou espatifar no asfalto. Eu desmaiei e fui salva pelo motorista e por outro produtor que trabalhava comigo. Tive um traumatismo craniano, fiquei sete dias internada em um hospital em Campinas”, conta.
Depois do caso, a lesão, que inicialmente foi considerada como leve, foi retificada pelo IML como grave, pois atingiu outras áreas próximas à cabeça, como o seu ouvido direito - deste lado, a produtora ainda não recuperou completamente a audição. As imagens da agressão foram entregues pelo Sesc à Justiça e para a Polícia Civil. Um promotor do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) viu a gravação da câmera de segurança e fez uma denúncia de ofensa à integridade física de Margareth por motivo fútil.
“Desde então, estou nessa luta. Não estou aguentando mais. São dois anos de impunidade, vendo essa mulher tripudiar do meu sofrimento”, desabafa. Ela afirma que Guai postou, certa vez, um vídeo na internet dizendo que “tudo com ela se resolve no braço” e não comparece às convocações da polícia. De acordo com ela, a cantora é moradora do município de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, mas nunca se encontra em casa e alega estar sempre viajando. Atualmente, está em Portugal.
O Metro1 conseguiu falar com o produtor de Guai em Portugal, mas ele informou que não tem contato direto com a cantora e tentaria contactá-la para responder à denúncia.
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